quinta-feira, 30 de abril de 2009
Nova Liderança
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Novas estruturas
A mãe que, a meio da tarde, brinca com as crianças no jardim e o pai que chega a casa e se senta para jantar reside apenas no nosso imaginário.
Cerca de um terço dos pais empregados com filhos com menos de 15 anos recorre a serviços de apoio a crianças para assegurar o cuidado dos filhos enquanto trabalham. Após o período de prolongamento, as crianças chegam a casa na carrinha da escola e são entregues ao padrasto, dirigindo-se para o quarto onde brincam com o meio-irmão. O fim-de-semana é passado em casa do pai, com uma nova pele que integram naturalmente.
Na teia de relações familiares e no curto tempo partilhado, pais e filhos encontram novas formas de proximidade através do telemóvel e Internet. Anseiam por tempo de qualidade e procuram conveniência, comodidade e ajuda para pequenas tarefas que roubam preciosos minutos. Esperam novos pratos pré-cozinhados, take-away, pediatras e medicamentos ao domicílio, mas essencialmente novas experiências, novas partilhas e promessas de fortes recordações.
As novas famílias estão aí e tudo indica ser uma tendência perene e crescente. Espera-se uma adaptação dos negócios e que as empresas estejam atentas a novos sentidos de pertença e de identidade.
Andreia Pinho
Gestora
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Pura Paixão
Nos dias de hoje cada vez mais se dá importância à felicidade. Numa altura em que os países desenvolvidos deixam apenas de focar a sua atenção em métricas de riqueza passando a avaliar também níveis de felicidade, não é de estranhar que a felicidade no trabalho desempenhe um papel importante nas sociedades modernas e também na vida das pessoas que nelas se integram.
Nesse sentido, e em linha com o que vem acontecendo há vários anos na revista Fortune, começa-se a dar atenção também em Portugal aos resultados que se publicam sobre as melhores empresas para trabalhar.
A satisfação no trabalho terá indubitavelmente não só um impacto importante na felicidade dos indivíduos mas também nos resultados das próprias empresas, porque não se trata de avaliar apenas as empresas que melhor cuidam os seus colaboradores mas também passará pela identificação daquelas cujos colaboradores mais contribuirão para o desenvolvimento das mesmas.
Poder-se-á erradamente considerar que o aspecto fundamental e que mais impacto terá na satisfação do trabalhador será o aspecto monetário. No entanto, diversos estudos demonstram que este aspecto é apenas um factor higiénico na relação e que deverá ser visto como um princípio base para que a relação se possa desenvolver. Isto é, a partir do momento em que o colaborador (e empregador) considera que a compensação monetária é justa para a função em causa a relação está pronta a começar.
De facto, o que é mais relevante na relação entre o colaborador e a empresa, como em qualquer relação de um casal, é a paixão!
A esta conclusão chega Gary Hamel no seu livro “O Futuro da Gestão”, onde a paixão pelo que se faz se sobrepõe a qualquer outra característica como a criatividade, inteligência ou a iniciativa dos colaboradores.
No entanto, temo que as empresas portuguesas de hoje não tenham tido a capacidade de desenvolver um modelo de gestão que permita cultivar a relação que se estabelece entre a empresa e o colaborador, de modo a atingir níveis de envolvimento elevados. Nem tão pouco terá sido capaz criar mecanismos de avaliação do nível de entrega que os seus colaboradores têm nas actividades que desenvolvem na empresa que representam. Este facto é tanto mais importante se considerarmos que da análise a um inquérito feito a 86 mil colaboradores de empresas de 16 países distintos, se verifica que apenas 14% destes se sentem realmente envolvidos com o seu trabalho.
Um artigo publicado na Harvard Business Review, dava também conta que um indivíduo deverá sempre trabalhar naquilo que realmente gosta, e que a melhor forma de reter e desenvolver esse mesmo trabalhador é fazer com que ele se sinta feliz nas suas actividades diárias, e esta felicidade está directamente dependente do ajuste que existe entre a função que desempenha e os seus interesses pessoais, designados por Deeply Embedded Life Interests.
Isto leva a que um indivíduo possa ser extremamente eficaz e produtivo numa determinada função mas que esta não o satisfaça minimamente, o que leva a que este mesmo indivíduo tenha no curto prazo boas avaliações de desempenho apesar de não retirar nenhuma felicidade no dia a dia do seu trabalho.
Neste tipo de situações, apesar das empresas considerarem o colaborador um activo valioso mas por também valorizarem os resultados de curto prazo, não incentivam a passagem do colaborador para uma outra função que este considere mais estimulante mas para a qual ainda não tenha provas dadas, visto que tal implicaria um risco que a organização hoje não está preparada para absorver.
No entanto esta inércia traduzir-se-á possivelmente para o colaborador num desinteresse pela sua actividade e para a empresa numa redução de produtividade do colaborador e/ou a perda do mesmo para o mercado.
Por acreditar que só a paixão é capaz de fazer o longe parecer perto, fazer o difícil parecer fácil e de tornar o impossível num objectivo alcançável, dever-se-á exigir às empresas portuguesas que consigam reinventar o seu modelo de gestão de forma a permitir, entre outras coisas, um melhor aproveitamento dos seus quadros de maneira a criar um dinamismo e uma entrega que hoje a gestão moderna exige.
Quando olhamos hoje em dia para os grandes nomes da arte, da música, do desporto ou da gestão o que vemos é uma enorme paixão das pessoas pela actividade que desenvolvem e essa paixão reflecte-se nos resultados que apresentam.
Por tudo isto se parar para pensar o quão apaixonado está pela sua empresa e pelo que faz, o que diria? E as pessoas que consigo trabalham? Digamos…de 0 a 10?
Banca portuguesa
Harvard Trends #5 - Integração Cultural
sábado, 25 de abril de 2009
Redes Sociais
PuraMente #15 - Future Files
Nome: Future Files
Autor: Richard Watson
Data: Outubro de 2008 - Nicholas Brealey Publishing
Frase: "O grande problema do futuro é que teremos de viver nele"
Keywords: Trend/Countertrend; Polarização; As cinco tendências; Mind Wipes; Virtualização;
Apreciação: ***
Este é um livro para os intelectualmente curiosos e forward thinkers. Fala-se sobre o futuro, obrigando ao conhecimento do presente, das tendências vigentes e latentes - os chamados "aceleradores de mudança". Os livros "futuristas" têm sido recorrentes ao longo da história, mas não é comum encontrar-se algo estruturado, categorizado e orientado, evitando o palpite e a adivinhação. Dito de outra forma, não se pretende prever o futuro, mas reinterpretar o presente ao alargar perspectivas e horizontes. É o próprio autor a posicionar o livro aconselhando-o a "analistas de negócios, estrategas e todos os curiosos sobre o futuro ou que queiram estar um passo à frente". E porque a cultura do futuro será muito visual, a capa apresenta uma proposta de "mapa de evolução" (ver em www.nowandnext.com). As expectativas do leitor ficam desde logo elevadas.
Ainda antes da introdução o autor "mostra ao que vem": há cinco tendências importantes para os próximos 50 anos: Envelhecimento, Deslocação do Poder para Oriente, Conectividade Global, Tecnologias GRIN (genética, robótica, internet e nano-tecnologia) e Ambiente. Após defender estas tendências, o livro transforma-se num manual de onze capítulos sobre diferentes áreas: Cultura e Sociedade, Ciência e Tecnologia, Política, Media e Entretenimento, Serviços Financeiros, Transporte, Alimentação, Compras, Medicina, Turismo e Viagens, Negócios e Trabalho. Em cada área descrevem-se cinco tendências secundárias e muitas previsões concretas. Notar a importância das "contra-tendências" e da polarização.
A estruturação do livro tem vantagens e ameaças. Podem consultar-se rapidamente as áreas que mais interessem ao leitor, mas ao decidir ler o "Future Files" de uma só vez, o cansaço é inevitável, tal o detalhe a que o autor chega.
No final são apresentados cinco aspectos que não vão mudar nos próximos 50 anos: A curiosidade sobre o futuro; O desejo de reconhecimento e respeito; A necessidade de experiências físicas; O medo e ansiedade; A procura de significados.
É um livro interessante e diferente, que aconselho.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Brincar com o futuro da música
A indústria tem coleccionado sucessivos tiros no pé desde os primeiros tempos do Napster e, incrivelmente, isso não mudou a mentalidade, apenas o tom, o timbre e o tempo do choro. O caso Português é bem típico – nos anos 80, a imagem do rolo compressor a passar por cima das cassetes pirata era frequente. Agora mudou-se o “bode expiatório”, mas o discurso mantém-se. Só que é difícil levar a sério todas as lamentações (que por vezes são legítimas) quando são as editoras e não o público a fazer os tops e a escolher discos de ouro ao bombardear os retalhistas, mesmo que os discos não sejam vendidos aos consumidores. Antes, como agora, controlam a quase totalidade do que passa na rádio. Para mais, é difícil distinguir se o Tozé Brito que defende hoje a criminalização é o administrador actual da SPA ou um antigo executivo das editoras... e ainda há aquela questão dos 41 milhões que a entidade deve aos autores.
Aqueles que querem fugir aos tops têm pouco para onde se virar: o MySpace e a blogosfera musical têm demasiado ruído, o YouTube apagou milhares de vídeos e a rádio serve apenas como companhia para o mínimo denominador comum. O cenário idílico desejado pelas editoras não irá salvar a indústria – irá sim assinar a sentença de morte da música.
Luís Silva
Crítico musical
quinta-feira, 23 de abril de 2009
O que é de mais … é de mais!
Há coisas boas que em excesso são prejudiciais. A informação é disso exemplo. Numa sociedade de Informação, a produção de conteúdos tem crescido a ritmos alucinantes, e hoje qualquer pessoa tem acesso a milhões de sites ou blogs.
O desafio com que nos deparamos, e do qual algumas empresas poderão tirar vantagens significativas, passa por conseguir neste universo quase infinito, criar mecanismos que identifiquem os melhores conteúdos (e eliminem os piores).
Actualmente existem processos que fazem parte deste trabalho, como os utilizados nos motores de pesquisa. No entanto, deveremos ser mais ambiciosos: já não bastam critérios do tipo “o mais visto”, ou o “mais vendido”. Podemos olhar para a avaliação de quem viu e de quem comprou, mas tal não será, por si só, suficiente. Temos que ser capazes de identificar, a partir de avaliações de cada indivíduo, padrões que permitam seleccionar conteúdos que possam ser relevantes (e irrelevantes) para este mesmo utilizador (ou cliente). É necessário garantir uma correcta catalogação da informação disponibilizada, que permita uma fiel tradução do que é apresentado, de modo a que a pessoa consiga procurar por tipo de fonte de informação, ou tipo de conteúdo desejado (ou indesejado). É preciso apoiar a validação dos conteúdos na opinião dos experts, de forma a garantir qualidade da informação, principalmente em targets (ex. crianças) ou matérias (ex. saúde) mais sensíveis.
Responder a este desafio ambicioso irá permitir melhorar a vida dos utilizadores e gerar oportunidades de negócio relevantes para quem as conseguir concretizar.
O futuro, hoje
Já há algum tempo que é possível fazer operações bancárias nos telemóveis, mas em que estes últimos serviam apenas de plataforma de ligação ao sistema. Ou seja, não se tratava de um função específica do aparelho, mas como se de um computador ou ATM se tratasse, mesmo que estejamos a falar de aplicações java.
O que a Vodafone anunciou é um passo em frente a esse futuro . Passa a ser possível efectuar pagamentos através do nº de telemóvel, sendo processo validado por SMS. Pagamento sem notas, sem cartões, completamente virtual.
Os passos seguinte serão provavelmente a instalação de dispositivos do tipo RFID, a definição de limites de transacção ou produtos a adquirir conforme os parceiros comerciais em causa e o estabelecimento de políticas de segurança e privacidade.
Para já é possível pagar , via número de telefone, a estes parceiros.
Mas é uma tendência que já se está a materializar.
Filipe Garcia
Economista da IMF
quarta-feira, 22 de abril de 2009
PuraMente #14 - Cirque Du Soleil
terça-feira, 21 de abril de 2009
Nova Ordem Antigos Remédios
É da competência da regência tomar as devidas acções para contrariar a tendência viciosa fazendo uso de politicas monetárias e fiscais. As políticas expansionistas pretendem provocar um choque na economia através do aumento da massa monetária em circulação injectando de forma massiva liquidez, conjugado com a descida agressiva da taxa de juro. As politicas de absorção têm como objectivo a diminuição da massa monetária em circulação por esta não corresponder ao equilíbrio entre a oferta e a procura, não representar as necessidades de equilíbrio da despesa/produção agregada, o PIB, e permitir o controlo da inflação. Existem características do sistema como a inércia que tem actualmente e o momentum que está a produzir que podem condicionar a eficácia dos instrumentos monetários e fiscais no amortecimento do sistema pós crise. Se as medidas de absorção no âmbito das políticas monetárias forem insuficientes é certo que ocorrerá a tão indesejada hiper-inflação. Se acrescentarmos os problemas estruturais que subsistem como:
- As disfunções geográficas e as especificidades de cada economia no contexto global;
- As imparidades e distorções cambiais;
- A insustentabilidade da divida externa de alguns países;
- A possibilidade de barrar o comercio mundial sob risco de retroceder décadas de desenvolvimento;
- Os compromissos políticos de cada estado;
- Inexistência de uma divisa que represente fielmente o valor criado,
então continuaremos a adiar o grande ajuste cíclico da economia global e a preparar a próxima grande crise económica e esta poderá estar agendada para breve.
Publicado no Meia Hora dia 21/4/2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Premiar o Erro
Farmácia$
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Fórmula de Pensoes
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Comunicação das Marcas – Novo Paradigma
Comentário - Governo altera regras do sigilo bancário
Esta medida acaba por constituir uma instrumentalização adicional à administração fiscal, depois da inversão do ónus da prova (já anteriormente aprovada). Se por um lado a medida é positiva ao atacar a evasão fiscal no espírito de “quem não deve não teme”, os seus efeitos colaterais não são negligenciáveis.
A autorização do contribuinte ou das autoridades judiciais, que até agora eram necessárias, serviam de contraponto a possíveis abusos do fisco (Estado). Esses níveis de controlo são importantes num regime democrático, de forma a salvaguardar os direitos, liberdades e garantias.
Sem prejuízo da regulamentação a implementar, a fasquia colocada nos 100 mil euros de incremento patrimonial parece baixa e uma qualquer situação, por exemplo relacionada com uma aquisição de nova habitação de valor baixo poderá levar a um escrutínio injustificado. Por outro lado bastará um erro nas declarações dos contribuintes ou dos sistemas da administração fiscal para que o fisco possa ter acesso completo às contas. Também pelo limite baixo de 100 mil euros, a discricionariedade da administração fiscal passa a ser quase total.
De notar que este tipo de medidas, caso não sejam concertadas num enquadramento fiscal europeu, podem ser mal interpretadas e resultarem numa eficácia reduzida. Os contribuintes com possibilidade de se colectarem noutros países sentir-se-ão muito tentados a fazê-lo. Ou seja, a medida pode ter o efeito contrário.
Filipe Garcia
filipegarcia@gmail.com
Gestão da Crise ou Crise de Gestão?
terça-feira, 14 de abril de 2009
Projecções do Banco de Portugal para 2009
Crédito mais caro
Obama aproxima-se de Cuba
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Estamos perante um cenário de deflação? Não.
A inflação média continua a descer, o que não surpreende em função da desaceleração económica global e da evolução de preços do ano passado.
Define-se deflação quando estamos em presença de inflação anual negativa. De facto a inflação homóloga saiu negativa em Março e é bem provável que essa situação volte a ocorrer mais vezes até ao final do Verão ou início do Outono. Este comportamento da inflação homóloga não tem tanto a ver com uma descida pronunciada dos preços no presente (aliás os preços até subiram em Março), mas com a forma como os preços aceleraram em 2008 devido às subidas na energia e demais matérias-primas, inclusivamente alimentares.
Ou seja, parece pouco apropriado estar a falar em deflação neste momento, só porque uma inflação homóloga saiu negativa, enquanto a variação mensal de preços foi positiva e a inflação média está nos 1.9%. Estamos perante uma variação homóloga negativa, que se repetirá, mas que está mais associada aos “exageros” de 2008 do que à crise económico-financeira de 2009.
O corrente ano será muito benigno em termos de inflação, mas estou mais preocupado com a possibilidade do ressurgimento da inflação, talvez daqui a um ano, provocada pelas injecções de liquidez efectuadas pelos bancos e pelos planos de intervenção utilizando despesa pública. Poderemos mesmo vir a testemunhar um cenário de estagflação (inflação alta e crescimento baixo), situação que George Soros também admitiu há alguns dias como plausível.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
filipegarcia@gmail.com
"Mash-up" de comentários sobre o tema
PuraMente #13 - El Método Obama
Nome: El Método Obama
Autor: Rupert L. Swan
Data: Fevereiro de 2009 - Debolsillo
Frase: "Sorrir é uma forma barata de mudar a imagem"
Keywords: Corpo; Alma; Comunicação; Recursos inatos e apreendidos; Mudança; Multilateralismo;
Apreciação: **
O fenómeno Obama é omnipresente. Perante a avalanche de títulos sobre o novo presidente americano foi impossível não ceder à tentação de consultar um dos últimos lançamentos. Depois da leitura de "El Método Obama" e de folhear outros livros do género, fica a sensação que a figura de Obama, além de vender bem, é utilizada para a legitimação de ideias já previamente concebidas e que são agora validadas por este novo personagem, dado o seu percurso inovador e de sucesso. Ou seja, muitos dos textos editados recentemente não são baseados em Obama, mas adaptações ao chamado "novo ícone para o século XXI" (citação). Esperava-se uma argumentação indutiva, mas o leitor depara-se com uma abordagem dedutiva, do geral para o particular.
O livro é muito rápido de ler. São 100 tópicos, mas quase todos de apenas uma página. Está divido em duas partes - corpo e alma - que segundo o autor constituem uma única entidade comunicativa. Na primeira parte - "O corpo comunicativo" - são tratados temas ligados a elementos físicos e mais facilmente perceptíveis pelos outros, tais como a aparência, a postura e a linguagem. Em "A alma comunicativa" fala-se de questões anímicas, de força e controlo emocional, de organização mental, escuta, entre outros. Aspectos menos estéticos, mas igualmente poderosos na projecção da imagem do indivíduo.
Artigo publicado no Jornal de Negócios em 7 de Abril de 2009
Harvard Trends #4 - Masdar
quinta-feira, 9 de abril de 2009
FMI sugere 'euroização' dos países de leste
A sugestão do FMI tem alguma importância devido ao peso que a instituição ganhou nas últimas semanas, sobretudo após o G20 e insere-se num contexto de transformação que parece estar a vir ao de cima no mercado cambial. O mundo parece procurar alternativas ao dólar como divisa dominante a nível global. Não se tratará de simplesmente substituir a moeda americana, mas sim de tentar uma menor dependência a algo que possa suceder ao dólar. A crise financeira está a mostrar a exposição global à economia americana e o desconforto que dai resulta leva a que se busquem alternativas, no que a China e Rússia estão a ser precursoras.
A adopção do euro por países de leste parece-nos improvável, mas é sinal dos tempos e da vontade que existe em mudar de rumo. A prazo o dólar deverá perder terreno, à medida que as reservas forem transformadas. Um processo que demorará bastante tempo, mas que deverá ser suficiente para marcar a tendência de longo prazo na moeda.
George Soros deu esta semana uma entrevista prolongada à Reuters e também ele considera que o mundo teria a ganhar numa solução em que o dólar tivesse menos importância...
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Harvard Trends #3 - Lições da Crise
As recomendações são aplicáveis ao mercado português, tendo-se tornado claro que é na fase prévia à crise em que as acções são mais difíceis, mas também mais eficazes.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Puramente #12 - Sucesso em Português
segunda-feira, 6 de abril de 2009
O Dragão
Com esta “ferramenta cambial” a China conseguirá trabalhar vários objectivos em simultâneo. Por um lado contornará a dificuldade da não convertibilidade das moedas, facilitando as transacções. Ao mesmo tempo poderá fortalecer as relações comerciais e políticas com diferentes países, fidelizando-os como clientes, conquistando influências e assumindo-se como uma potência global. Finalmente, tentará construir uma alternativa ao dólar, e mesmo ao euro, como principais moedas de transacção internacional.
Os chineses (e não só) estão desconfortáveis com a sua exposição ao dólar e começam a mover influências para que o seu peso seja reduzido a favor dos "Direitos Especiais de Saque" - uma espécie de divisa do FMI. Fala-se do progressivo abandono do dólar devido à possível perda do seu carácter de reserva de valor e da credibilidade que indubitavelmente a moeda ainda tem. O processo está longe de estar em marcha rápida, mas conhece-se bem o método chinês de actuar – com muita calma, dando o tempo ao tempo.
Sem pressas, sem pausas.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Artigo publicado no jornal Meia Hora de 6 de Abril de 2009
Progresso Lento
quinta-feira, 2 de abril de 2009
Ainda sobre a Globalização...
"O primeiro-ministro britânico e anfitrião da cimeira de Londres, abriu esta manhã os trabalhos da cimeira sentando Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, à sua direita, e o Presidente chinês Hu Jintao à sua esquerda. O gesto reflecte o reconhecimento da legitimidade das insistentes petições da China, que reclama um “lugar” no xadrez político mais consistente com a relevância económica do País. A economia chinesa terá, no ano passado, ultrapassado a alemã, convertendo-se na terceira maior do mundo. Não obstante, os direitos de voto do País no seio do Fundo Monetário Internacional representam apenas 4% do total, contra, por exemplo, 17% dos Estados Unidos.Na cimeira de Washington, em Novembro o Presidente George W. Bush dera a direita ao Presidente Hu Jintao."
in Jornal de Negócios.