Muito recentemente tive o prazer de participar num evento que reuniu alguns gestores do nosso país para uma troca de opiniões e experiências à volta deste tema (quanto a mim muito feliz).
Conscientes da crise financeira global, facilmente se chegou ao consenso de que efectivamente estamos a viver e a contribuir de forma mais ou menos consciente para uma Crise de Gestão.
No âmbito da medicina e da manutenção, falamos em planos preventivos e correctivos. Será que os gestores em geral, e os gestores de recursos humanos em particular, têm agora mais “doenças” para tratar porque não souberam definir e aplicar um plano de “vacinas” ajustado e alinhado com a estratégia do negócio, e simultaneamente flexível às potenciais adversidades, sejam elas locais ou globais?
Não valerá de muito a pena invocar a legislação laboral nacional, que teima em não ajudar, ou apontar armas para o nosso sistema de ensino que não prepara a futura população activa para o inesperado, para abandonar a sua área de conforto. Podem até ser razões elegíveis, mas é responsabilidade dos gestores fazer acontecer o que está ao seu alcance.
Porquê só agora (ou mais agora) trocar-se realidades e best practices? Porquê actualmente falar-se mais em partilha de risco do negócio? Porquê mais hoje do que antes procurar-se mais criatividade na política retributiva (objectivos, variável, flexível, diferida…)? Porquê (só) agora a defesa de valores como a confiança, rigor, transparência? Comunicar, comunicar, comunicar…será que já não fazia sentido?
Será que o futuro não dependerá em nada da nossa vontade de hoje?
Mónica Quinta
1 comentário:
Não podia estar mais de acordo. Quando o negócio corre bem a inércia é uma grande inimiga da gestão. Na verdade só se consegue colocar tudo em causa de uma forma permanente e sustentada, com lideranças fortes que tenham sempre presente a máxima de que o futuro é aquele que nós quisermos que ele seja. Mas não basta pensar, é preciso fazer o que se diz que deve ser feito.
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