sábado, 26 de novembro de 2011

Boas Vendas

Atualmente as empresas estão focadas em cortes de custo, por vezes a pedir ao fornecedor de clips que reduza em 20% o preço. A crise significa que há empresas a morrer todos os dias e portanto consumidores que deixam de ter o seu produto disponível. Este é o tempo certo de transformar a sua empresa numa máquina de vendas, focar nos diferentes mercados em que o produto pode ser vendido. A oportunidade está aí. Falta saber se é dos que fica exclusivamente a trabalhar internamente na redução de custos ou se pretende crescer e também focar a sua organização no exterior garantindo mais vendas.
Paulo Sousa
Publicado no Jornal Metro de 24/11/2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

agonia



agonia começa a chegar ao retalho. Conscientes dos problemas, os operadores procuram agora concentrar-se nas vendas do Natal, enquanto minimizam custos e adiam investimentos. Não será de estranhar se alguns lojistas da distribuição moderna não conseguirem operar na próxima Primavera, sobretudo se os bancos não estenderem linhas de crédito.


Os centros comerciais não estão melhor, e alguns têm risco de ver corredores inteiros esvaziados em breve. Naturalmente, serão os centros mais bem preparados e com mais tráfego a assegurar a sustentabilidade. As crises sempre foram momentos de oportunidade …

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pior do que parece


Existem acções na Bolsa Portuguesa que não param de cair, de tal forma que hoje valem apenas 10 ou 20% do seu valor há um ano.  Estão mais do que em saldo, estão em liquidação final. Nesta circunstância, não é de estranhar que ninguém lance uma OPA sob bancos como o BCP? 

Mesmo com dificuldades de crédito internacional, o benco português é agora um alvo fácil de operadores de média dimensão internacional. Se tal não acontece, mesmo com os activos polacos, tal só pode significar uma coisa: a situação está ainda pior do que nos parece.

Aproveitar os pontos fortes



O Google+ está agora a competir directamente com o Facebook pelo mercado empresarial. A rede social da Google irá beneficiar do facto de se poder integrar nas demais plataformas e serviços da empresa, o que lhe permitirá, por exemplo, aparecer muito mais destacada nas pesquisas do motor de busca mais utilizado a nível mundial.

Ou seja, as empresas poderão chegar aos utilizadores de forma mais eficiente e mais barata através do Google+, o que ameaça o Facebook.

Falta saber a reacção dos utilizadores, que até agora têm mostrado pouco entusiasmo relativamente ao Google+.

Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 18 de Novembro de 2011

Hegemonia a pedido


A crise da dívida está a pressionar os europeus a aderir ao federalismo. Nunca a Alemanha teve tantas condições para conseguir, a pedido das outras nações, a hegemonia que não alcançou por outros métodos.

Países do centro e Bruxelas estão a pretender impor um modelo que poderá não seguir os trâmites democráticos que a tradição europeia exige. Por outro lado, reconheça-se que escolher o lento caminho democrático levará, com grande probabilidade, à desintegração do euro, da UEM e quiçá da UE.

Não é uma escolha fácil, mas 2012 deverá ser clarificador. Provavelmente, a opção escolhida pela generalidade dos países não será a da ratificação democrática.

Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 17 de Novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diversificar


Surpreende a história recente de HortaOsório, CEO do Lloyds, um dos maiores bancos do mundo? O português passou de líderbrilhante e com uma intensidade sem precedentes (7 dias por semana, 18 h/dia) aum executivo cabisbaixo, desmotivado e desamparado, sem capacidade de liderar.

Acabou por encostar às boxes, resignado. A lição é óbvia: a vida tem de ter diversificaçãode interesses, com equilíbrio entre trabalho, família e terceiros interesses.  Qualquer comportamento mono enfocado e degrande intensidade tem de ser necessariamente temporário.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O joio e a floresta

Tempos difíceis exigem maior sentido crítico: saber separar o trigo do joio e não confundir a árvore com a floresta.

A este propósito parece-me perigoso – além de demagógico – o caminho que se vem seguindo de perseguição às remunerações mais elevadas. Se não percebermos que talento e criatividade são portas de saída da situação em que nos encontramos, jamais conseguiremos alicerçar um plano de sucesso.

Tal como é louvável corrigir oportunismos e injustiças, é fulcral premiar e distinguir o mérito, resistindo à tentação de cortar os picos para nivelar – não traz melhores resultados e inibe muitas soluções.

Luís Ferreira, Exertus - Consultores.

Publicado no jornal Metro em 10-Nov-2011

Bancos mais seguros?


A banca nacional pode necessitar de capitais do Estado, com eventual nacionalização a prazo, o que suscita a questão sobre a segurança dos depósitos.

Naturalmente, bancos mais capitalizados conferem mais segurança e não parece haver, ao nível da zona euro, abertura política a que os clientes possam perder depósitos, sob pena de uma corrida aos bancos que os responsáveis europeus tudo farão para evitar.

Existe um fundo de garantia que pretende “proteger” 100 mil euros por titular/conta e que mesmo que não tenha capacidade de fazer face a um desmoronar do sistema, pode servir de bitola a um auxílio aos depositantes no caso de um problema desse tipo.

Portanto, mais do que a propriedade ou o capital dos bancos, poderá ser mais relevante o montante por conta/banco.

 

Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 11 de Novembro de 2011