A crise da dívida está a pressionar os europeus a aderir ao federalismo. Nunca a Alemanha teve tantas condições para conseguir, a pedido das outras nações, a hegemonia que não alcançou por outros métodos.
Países do centro e Bruxelas estão a pretender impor um modelo que poderá não seguir os trâmites democráticos que a tradição europeia exige. Por outro lado, reconheça-se que escolher o lento caminho democrático levará, com grande probabilidade, à desintegração do euro, da UEM e quiçá da UE.
Não é uma escolha fácil, mas 2012 deverá ser clarificador. Provavelmente, a opção escolhida pela generalidade dos países não será a da ratificação democrática.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 17 de Novembro de 2011
Sem comentários:
Enviar um comentário