segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Shazamization


Há dias, numa conferência sobre tendências de marketing, fui surpreendido com um novo termo para o futuro - shazamization.

A ideia é simples e relaciona-se o aplicativo "Shazam", que permite identificar em segundos uma música que estejamos a ouvir em qualquer lugar.

A última versão do "Goggles" (da Google) começa a permitir reconhecer objectos e locais, bastando tirar uma foto e pedir ao programa para os reconhecer.

Shazamization é a capacidade de identificar, através das lentes do telemóvel, um objecto, um local e talvez pessoas, com objectivo de compra ou de mais informações.

É um conceito revolucionário para o comércio e para a publicidade, pelo menos.


Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 28 de Janeiro de 2011


domingo, 23 de janeiro de 2011

Open Source

O open source mudou radicalmente a indústria de software na última década. Com o Linux e Wikipedia como exemplos mais visíveis do sucesso deste conceito, muitas são as áreas onde voluntários produzem soluções semelhantes do que a indústria especializada. A questão que hoje se coloca é se faz sentido governos e universidades públicas apoiarem e protegerem este conceito, sempre em prol de maior e mais célere progresso. A minha opinião é que não devem existir apoios sistemáticos ao open source, sob pena da regulação criar assimetrias com prejuízos no resto da indústria, sem vantagem para ninguém.

Devassa ou Protecção ?

Em caso de dúvida entre dois ou mais candidatos para um único lugar, algumas empresas tem vindo a utilizar formas mais finas e subtis de selecção.

O Facebook dos candidatos tem sido cada vez mais utilizado para esse efeito e os resultados podem ser surpreendentes, permitindo eliminar as dúvidas de forma expedita.

As pessoas revelam-se com muito mais facilidade nas redes sociais e a sua parte oculta sobre pensamentos e atitudes numa diversidade de assuntos, pode permitir por vezes um recrutamento mais eficiente, mais eficaz e com menores riscos para as empresas.

Sinais dos tempos !

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Check Out

Portugal não tem sido capaz de reter os talentos que cada geração produz. Ano após ano os melhores cientistas, futebolistas, engenheiros, manequins e economistas, foram saíndo para mercados mais apetecíveis. Já não é novidade.
Novidade é que agora já é a maioria dos licenciados que quer sair. Portugal é o país em que mais alunos que concluem a licenciatura querem sair para trabalhar noutros mercados. Os que ficam já são vistos como totós pelos amigos. O país precisa de mais sinais positivos e politicas construtivas, em vez do habitual cenário depressivo que afasta o futuro.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Poderá o Euro Deixar de Existir?

A crise nos Mercados Financeiros, tem gerado discussões sobre a eventual possibilidade de a Moeda Única vir a deixar de existir. Há também quem defenda que o Euro poderá continuar mas apenas nas Economias com melhor performance. O Euro é resultado de um processo evolutivo desenvolvido pela Europa após a 2ª Guerra Mundial, com o objectivo de criar uma correlação de forças, interdependências e controlos entre Países Europeus; capaz de evitar futuras Guerras. Se o Euro for colocado em risco, o mesmo se passará com a UE e, por consequência, aumentará a instabilidade na Europa. Quero acreditar que a defesa do Euro é o cenário mais provável. António Jorge Marketeer e Docente Universitário Publicado no Jornal Metro de 13jan11

Mercados Placebo



O fabricante das "Power Balance" foi obrigado a admitir que não há base científica para alegar que as pulseiras "funcionam", aumentando o equilíbrio e a flexibilidade. Mesmo assim, os utilizadores defendem as pulseiras, afirmando que sentem melhorias na sua performance.

Recentemente, um outro estudo conseguiu demonstrar a eficácia da utilização terapêutica de placebos, mesmo quando é dito ao paciente que não está a ser utilizado um medicamento.

É uma base interessante para reflexão, pois torna evidente que o mercado dos produtos placebo continua a valer a pena explorar. Até porque os produtos parecem funcionar, apenas pelo efeito moral.


Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 14 de Janeiro de 2011


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Enfrentar o Risco

Para responder melhor à experiência vivida da gestão da crise, é necessário evoluir de uma mera previsão do risco, para algo que não só o preveja, mas também que nos prepare melhor para ele.
As incertezas vividas nestes últimos três anos, vêm mostrar que as Organizações que se concentram exclusivamente na tentativa de prever os riscos, normalmente perdem the big picture.
Para melhorarem a sua gestão, é necessário desenvolverem a resiliência ao risco e a sua capacidade de responderem a quaisquer outros, desconhecidos e inevitáveis.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"Nós, Portugal, o poder ser"

Somos um povo tolerante, aberto e universalista. Três singelas mas preciosas qualidades que, transformadas em habilidades, poderiam ser a especiaria do novo milénio.
Os ventos de hoje querem-se cooperantes. Exigem diálogo que estabeleça pontes; capacidade de partilha e facilidade de compreender e por em comum.
Tudo isto está na essência de ser português. Ou seja, para voltar a mostrar novos mundos ao Mundo basta que acreditemos noutro fado.
"Nunca um verdadeiro português foi português: foi sempre tudo " (F. Pessoa).
Publicado no Jornal "METRO" em 5-Jan-2011