Nome: Cirque Du Soleil – A Chama da Criatividade
Autor: John Bacon
Data: Novembro 2007
Frase: "Nunca foram os meus falhanços que me fizeram arrepender, mas sim o que deixo de fazer porque tenho medo ou quero sentir-me demasiado seguro"
Keywords: Criatividade, sair da zona de conforto
Apreciação: ***
Romance ou manual de gestão? Esta é a questão que emana da leitura de um livro que se assemelha a um épico manual de criatividade. Está destinado não só aos que perderam a paixão pelo seu trabalho, mas sobretudo por todos aqueles que sentem que podem melhorar no dia a dia a sua produtividade, através de uma forma de estar completamente diferente, na procura infinita do distintamente excelente.
Esta obra não pode ser tecnicamente referenciada como manual, porque não explicita modelos, teorias ou hipóteses, teses ou metodologias de forma directa ou sistemática. É deixada ao leitor a tarefa de descodificar as mensagens deixadas suavemente ao estilo Exupéry, entre diálogos inocentes e descrições entusiasmantes.
O Cirque de Soleil serve de pano de fundo a uma experiência onde a monotonia foi substituída por momentos memoráveis e onde se demonstra que as únicas capacidades realmente importantes são a coragem e a generosidade, dado que todas as demais podem ser apreendidas. Bacon sugere repetidamente a saída da zona de conforto como ponto de partida para evoluir, uma das mais marcantes mensagens desta publicação. O livro sai fora dos modelos editoriais mais comuns (modelo1 = 270 a 300 páginas; modelo 2: 420 a 520 páginas), ao condensar o seu conteúdo em 160 páginas de fácil leitura, onde se apelidam os acidentes de “oportunidades criativas disfarçadas” e se constata que “não é possível conquistar nada de significativo sem um salto de fé”.
“A Chama da Criatividade”, editada em Portugal pela Imagens&Letras, demonstra como aplicar a criatividade em tudo o que se faz e por tal facto merece o investimento de tempo que cada leitor terá de lhe dispensar.
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