sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Vinho do Porter
Retalho : Oportunidade 2.0
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
A mulher de César
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Ajustamentos
PuraMente #3 - "Marketing Metaphoria"
Nome: Marketing Metaphoria
Autores: Gerald Zaltman e Lindsay Zaltman
Data: Abril de 2008 - Harvard Business Press
Frase: "We are deeply alike"
Keywords: Metáforas; Consumidor; Conceptual Blending; Deep Thinking;
Apreciação: ***
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal de Negócios em 27 de Janeiro de 2009
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Modelos da Suécia
Goste-se ou não a nacionalização de grande parte do sistema bancário ocidental é muito provável.
É o chamado “Modelo Sueco”, utilizado no início da década de 90.
De acordo com o modelo os bancos são totalmente nacionalizados e os depósitos são salvaguardados. Os accionistas perdem tudo e a gestão dos bancos é substituída - como tem que ser. Os bancos são forçados a reconhecer todas as perdas e posteriormente são recapitalizados pelo Estado. No caso que ocorreu na Suécia isso resultou na separação dos “maus activos” e a sua colocação num único banco, denominado de “bad bank”. Isso permitiu concentrar as actividades de banca tradicional, rentáveis, em instituições viáveis e que passaram mais rapidamente para o sector privado.
Até agora os governos preferiram intervir caso a caso, mas é possível que sintam a necessidade de um movimento de nacionalizações mais amplo. Não é uma solução sem custos. Mas é uma saída que está a ser equacionada para conseguir a estabilização do sector financeiro, sem a qual não será possível uma recuperação económica sustentável.
Economista da IMF
Artigo publicado no jornal Meia Hora de 26 de Janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Pesadelo
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Crises -What its psychological and social impact?
Is there some relevant impact of psychological behaviour on the actual crises?
Thus, what are the main psychological and social mechanisms in it?
The reality and the crises dimension could never been known and this uncertainty should be the principal as a determinant, like the uncertainty principal. Don’t you agree?
Conseguirá Obama evitar a 2.ª Grande Depressão?
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
PuraMente #2 - "Hot, Flat and Crowded"
Depois da obra "O Mundo é Plano"(05), livro mais lido dos últimos anos e que estudava a globalização de uma forma pragmática e muito real, o incontornável Thomas Friedman (colunista do The New York Times e vencedor de três prémios Pulitzer) volta com Hot, Flat and Crowded. Entre os que esperaram o seu pré lançamento, havia algum receio que a obra fosse "mais do mesmo", para tirar proveito financeiro do auge da sua obra anterior, que entretanto entrou em fase madura na maioria dos países evoluídos (ainda se encontra nos tops em alguns outros). Felizmente, tal suposição não se confirmou. A obra tem vida própria.
Pedro Barbosa
Citi(un)group - A Justiça?
Uma primeira questão é a subsistência do modelo. O futuro da banca (e não só) passa por abandonar os conglomerados e focar na especialização? Os bancos não estarão em dificuldades por determinadas áreas contaminarem negócios mais seguros? Os gestores terão subestimado a ocorrência dos "cisnes negros" - acontecimentos improváveis, mas com consequências terríveis? As estratégias de conglomerado aumentam a probabilidade desses eventos, mais do que compensando as vantagens?
Provavelmente o caso Citigroup tem a ver com a cultura da empresa. Relembremos alguns casos. Recentemente o banco foi condenado em $14 milhões por literalmente roubar os clientes. Provou-se que de 1992 a 2003 uma rotina informática retirava dinheiro intencionalmente das contas de clientes mais pobres ou recentemente falecidos. O esquema foi denunciado internamente, mas os gestores de topo decidiram nada alterar. Em 2004 o "Citi" manipulou o mercado de obrigações e em 2007 estava envolvido num escândalo com dinheiros públicos noruegueses, isto entre uma série de multas milionárias impostas pelos reguladores.
Há apenas que lamentar pelos efeitos na economia mundial, porque relativamente aos gestores do "Citi" parece estar a ser feita "justiça"!
Filipe Garcia
Economista da IMF
Artigo publicado no jornal Meia Hora em 21 de Janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Alguém lhes explica?
Preços em crise
domingo, 18 de janeiro de 2009
Thomas Jefferson
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
O meu tractor é melhor que o teu
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Um Estado Amargo
PuraMente #1 - "O Mundo é Plano"
Nome: O Mundo é Plano
Autor: Thomas Friedman
Data (Original): Abril de 2005
Frase:"Todos têm a oportunidade de entrar no jogo"
Keywords: Concorrência Global; Foco nas Aptidões; Mudança e Oportunidade; Outsourcing; Insourcing; Supply-Chaining; Globalização
Apreciação: ****
"O Mundo é Plano" não se pode considerar uma novidade. Já foi lido por muitos milhões de pessoas e mesmo em Portugal goza de alguma popularidade. Se o livro já foi importante para ajudar a perceber o alcance da globalização numa conjuntura de crescimento económico, volta a ser obrigatório ler ou reler para entender hoje o espectro e velocidade da crise financeira e económica instalada.
Destinado a todos sem excepção, mas sobretudo aos que de uma forma imparcial tentam entender o mundo, o livro fala de uma série de eventos que resultaram numa transformação histórica. Actualmente existem menos obstáculos a todos os níveis, sendo que a distância e as fronteiras perderam muita da sua relevância. Dessa transformação resulta um conjunto de oportunidades. Ou seja, a globalização não é geradora de pobreza e injustiça, mas antes nivela o mundo. Promove maior igualdade de oportunidades, sendo possível concorrer no mercado aberto focando nas aptidões próprias.
Este best seller de Friedman tem mais de 500 páginas, mas o leitor fica mais do que esclarecido lendo apenas a primeira parte - "Como o mundo se tornou plano" (190 pág.). Mesmo assim sujeita-se a algumas repetições, mas que não são demasiado maçadoras por se tratarem de exemplos interessantes. O autor enumera dez eventos que mudaram o mundo, sendo os mais importantes a queda do muro de Berlim e o progresso tecnológico em sistemas de informação. Friedman apoia a sua argumentação na observação empírica e na ideias de David Ricardo - a especialização e a troca contribuem para o bem comum.
Vale a pena conhecer ou voltar a este livro para compreender porque a crise actual é global, propagando-se em dias a todo o mundo e reconhecer que a teoria do "decoupling" dos países emergentes era irrealista.
Filipe Garcia
Economista da IMF
Artigo publicado no Jornal de Negócios em 13 de Janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
The Lisbon MBA : Proteccionismo
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Vícios da banca
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Economistas Humanos
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Sustentabilidade
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Confuso ou Confundido?
A caminho de Copenhaga
Vale a pena voltar a ler...
Hoje está a falar-se deste assunto.
Sexta-feira, 7 de Novembro de 2008
Para que serve a certificação energética de edifícios?
Acontece porém que também as habitações usadas serão alvo desta nova normativa, com implicações directas na vida dos portugueses, ao nível do tempo e do dinheiro despendido.
De facto, já a partir de Janeiro de 2009 todos os portugueses que queiram vender a sua habitação, ou até mesmo alugá-la terão de apresentar, no acto da escritura, um certificado energético da fracção em causa.
Mas afinal qual é a vantagem deste sistema? Se por um lado se compreende a sua obrigatoriedade para os edifícios novos, permitindo assim uma redução da energia total consumida, no caso das habitações usadas esta vantagem não se põe. Efectivamente, as habitações usadas não são obrigadas a obter um determinado nível energético, servindo o processo de certificação apenas para as classificar. Trata-se portanto de um puro sistema de diferenciação. Falta saber é que valor terá esta classificação para o consumidor, será ele sensível à classificação energética? Deixará ele de comprar por causa de uma letra C ou D? Sobre esta matéria não há grandes certezas, embora seja previsível que esta sensibilidade aumente ao longo do tempo. Certo, é que a partir de Janeiro todos os portugueses terão que suportar mais esta despesa, que não será pequena, se quiserem vender o seu imóvel.
Publicada por Jorge Serra
sábado, 3 de janeiro de 2009
"O dia em que a SEC mudou o jogo"
Começa a perceber-se que não é bem assim e que os reguladores são, de facto, responsáveis por parte importante do que sucedeu. É a velha questão entre o polícia e o ladrão. Se a polícia é ineficiente, o crime tende a aumentar. De quem é a culpa? Do polícia ou do ladrão?
"A água corre por onde lhe é mais fácil" e por isso há que ser crítico às ineficiências de polícias, reguladores, supervisores e equiparados, quando ainda por cima exercem o seu poder com meios e de forma quase ilimitada. E já é assim que os reguladores de mercado actuam.
O que já se sabe é que uma decisão no mínimo negligente por parte da SEC - The Securities and Exchange Comission - tomada em Março de 2004, abriu as portas aos exageros que com impacto negativo em todos os habitantes do globo, sem excepção. Com esta medida a SEC permitiu que os bancos de investimento se alavancassem muito para além do recomendável, num contexto de início de bull market.
Sabe-se lá quais os reais motivos da decisão. Pode ter sido o efeito de lobbying, de inépcia ou de de groupthink (do tipo que levou ao "acidente" do vai-vem Challenger). Só que desta vez o desastre, igualmente terrível, é bem mais global.
Recomenda-se ver neste link a reportagem do NY Times.
http://www.nytimes.com/interactive/2008/09/28/business/20080928-SEC-multimedia/index.html