Ao contrário do sector industrial, onde a crise está a servir de desculpa para despedimentos e relocalizações que iriam acontecer com ou sem recessão, neste sector os abrandamentos são consequência real e directa da situação económica.
De Leiria a Évora, de Barcelos a Braga, de Portimão a Viana, há retails e centros comerciais previstos que não avançaram, há obras quase paradas por falta de liquidez, há contratos assinados que não vão ser concretizados, há licenças com prescrição à vista, há promotores em risco e há projectos que nunca irão nascer. Para as redes de retalho, é a melhor oportunidade para renegociar em baixa os seus contratos e crescer a um custo de oportunidade negativo, já que a pressão está desta vez sobre os operadores de centros comerciais, que em muitos casos estão dispostos a financiar os retalhistas para entrarem nos seus empreendimentos.
Quem não parece interessado em aproveitar esta oportunidade única é o comércio de rua, incapaz de se organizar em conceitos de comércio integrado.
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