quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

PuraMente #2 - "Hot, Flat and Crowded"



Nome: Hot, Flat and Crowded
Autor: Thomas Friedman
Data: Novembro 2008
Frase: "The hour is late, The stakes couldn't be higher, the project couldn't be harder, the payoff couldn't be greater"
Keywords: Globalização; Code Green; Convergência de "hot, flat, crowded"; Liderança dos EUA
Apreciação: ****

Depois da obra "O Mundo é Plano"(05), livro mais lido dos últimos anos e que estudava a globalização de uma forma pragmática e muito real, o incontornável Thomas Friedman (colunista do The New York Times e vencedor de três prémios Pulitzer) volta com Hot, Flat and Crowded. Entre os que esperaram o seu pré lançamento, havia algum receio que a obra fosse "mais do mesmo", para tirar proveito financeiro do auge da sua obra anterior, que entretanto entrou em fase madura na maioria dos países evoluídos (ainda se encontra nos tops em alguns outros). Felizmente, tal suposição não se confirmou. A obra tem vida própria.
O contexto do livro é o do problema global que o mundo tem enquanto à sua sustentabilidade, face ao seu aquecimento progressivo, imparável degradação ambiental e crescimento demográfico. A obra destaca-se por oferecer soluções, e por considerar que este problema é uma oportunidade para a os Estados Unidos conduzirem a necessária revolução e assim encontrarem uma forma natural de liderança mundial, em substituição do poder das armas que voltou a falhar no Iraque.
O autor defende um "Code Green", em que os Estados Unidos sejam lideres em sistemas de eficiência energética e energia "limpa" e uma inspiração de ética de conservação e sustentabilidade do mundo enquanto lugar habitável e civilizado, advogando que "se queremos as coisas como estão, muitas coisas terão de mudar".
O livro, que critica a atitude "dumb as we wanna be" e a apatia geral dos americanos tem o seu centro de gravidade no desenvolvimento de uma politica que combata os problemas que surgem da convergência de três factores : "hot, flat and crowded", sendo uma obra de importante leitura, apesar do seu exagerado americanismo.

Pedro Barbosa
Docente do IPAM

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