Os preços de uma forma geral estão na ordem do dia em todos os órgãos de comunicação, se uns meses atrás era porque a inflacção estava a subir para níveis menos desejáveis, e em que toda a informação divulgada apenas criava o ambiente perfeito para oportunisticamente subir preços, agora temos um pouco o inverso com vários especialistas a falar sobre os riscos de deflacção mas criando expectativas claras nos compradores de que os preços deveriam descer ou crescer marginalmente. Na realidade estas pressões influenciam comportamentos, mas o mais importante é como as empresas utilizam esta ferramenta. Momentos extremos muitas das vezes levam a medidas extremas e por vezes pouco reflectidas. Acima de tudo o preço deve reflectir uma direcção estratégia por parte da empresa, mas não deve ser negligenciado como arma táctica.
Esta importãncia é superior no caso da relação “business to business” onde diferentes posturas em preço podem de facto fazer a diferença neste momento de capacidade excedentária. Veja-se por exemplo as últimas notícias relativas ao mercado do alumínio onde as grandes empresas estão a anunciar elevados ajustes de capacidade com encerramento de unidades de transformação e consequente ajuste de preços no sentido de recuperar a rentabilidade no sector. Não estou com isto a dizer que devemos começar a subir preços de uma forma generalizada, mas que em momentos extremos os preço deve ser usado como ferramenta, sendo o mais importante a utilização concientemente e não seguindo percepções generalizadas do mercado.
Publicado no Jornal Meia-Hora a 19/01/2009
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