sábado, 26 de setembro de 2009
PuraMente #30 - The Power of Less
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Colar Cartazes
Este Setembro chegou maduro; no ar pesado paira o travo intenso do combate político. O poder é fascinante! E um grande mercado. As eleições um profundo oceano vermelho, cada vez mais competitivo e feroz. Com um produto mau, vendedores desacreditados e cada vez menos consumidores, as receitas ressentem-se. Não será só pela crise. Pelo menos não da mais palpável, da financeira e global; talvez da mais oculta e dolorosa, a interna – aquela que se revela na deterioração de valores, na ausência de rumo agregador, na falta de solução inspiradora para a nação. Enfim, no "medo de existir".
No meio de tanta neblina, será possível afastarmo-nos das “nano-mini-micro” disputas que têm saturado os dias e, ousando diferente, concentrarmo-nos em inovação de valor? Isto é, numa clara mas robusta proposta de desenvolvimento para o país, com tanto de ousado quanto de inspirador?
Oferecendo ao debate novos e úteis elementos, os argumentos estéreis destinados a produzir “sound bites” seriam substituídos por ideias e opções de desenvolvimento e respectivos planos de acção devidamente detalhados (no tempo e nos custos).
Enquanto a grande maioria dos políticos apenas sabe “colar cartazes” outros (poucos) conseguem mover multidões. Estes despertam, inspiram e insuflam a sociedade de ar fresco, marcando novos rumos. Isso sim. Seria juntar utilidade e benefícios aos clientes – afinal todos nós –, construindo um novo oceano azul na política.
Publicada no Jornal "Metro" em 23-Set-2009
Legislativas (*)
terça-feira, 22 de setembro de 2009
A bolha dos bónus vai rebentar?
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Não queremos mais!
Muitos sinais estão aí à vista de todos para quem os quiser ver: o consumidor mudou!
Há quem diga que tal é uma consequência directa da recessão e da crise de confiança que terá impactos duradouros nos comportamentos dos consumidores. Outros há, que consideram que tais alterações são devidas à evolução natural do consumidor nas sociedades avançadas. Nesta perspectiva, estes consumidores estarão num estádio avançado de maturidade, levando a que o seu consumo seja muito mais ponderado e consciente, de um ponto de vista económico, social ou ambiental.
Seja como for, a verdade é que quando se pergunta aos consumidores dos países ricos se querem consumir mais, a resposta é “Não!”. Quando se olham os números da evolução das vendas de retalho na Europa e nos Estados Unidos a conclusão é evidente: existe uma diminuição anual no volume de vendas desde 2007 que se tem vindo a acentuar. Algumas empresas foram capazes de ler estes sinais e traduziram-nos em acções com vista a captar um mercado que teima em encolher. Para o fazer, as empresas terão que estar atentas aos seus consumidores, actuais e potenciais, por forma a conseguirem identificar necessidades não atendidas ou frustrações existentes.
Este exercício irá permitir identificar novas oportunidades de crescimento através da segmentação de perfis de clientes não endereçados e de necessidades não cobertas no modelo de negócio actual...mesmo que estes sejam os clientes que nos dizem: “Não queremos mais!”
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
O Marketing e as eleições
As Empresas também Sonham
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Uma questão de honra
Apesar de estar longe de ser uma solução livre de problemas - desde logo o dinheiro iria certamente para aqueles que menos precisam dele - os artistas que com ou sem pirataria vendem milhares de unidades - é uma solução que pode ser interessante caso seja equilibrada; nem uma mensalidade muito baixa de modo a que as editoras não se sintam defraudadas, nem tão alta que afaste potenciais clientes dispostos a aderir a este "sistema de honra". E não podemos esquecer aqueles que compram os discos e frequentam concertos!
Uma forma eficaz de incentivar a compra seria criar algo no mesmo formato que um cartão de descontos de um supermercado, em que uma determinada percentagem de cada compra seria descontada na mensalidade seguinte. Isto não só permitia distribuir as taxas de uma forma mais equilibrada, como devolver algo aos que de facto "compram se gostarem" ou suportam economicamente a banda a ir aos seus concertos.
Num mundo imperfeito são raras as soluções perfeitas e ainda menos a que têm sucesso. Mas qualquer tentativa é melhor que a forma como a indústria lida, actualmente, com o download ilegal e quem o pratica.
Luís Silva
Crítico musical
Públicado no jornal Metro do dia 7 de Setembro
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Regressar lentamente
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Governo a Mais
Está instalada mundialmente a tendência de os governos serem mais influentes. É verdade que o grau de intervencionismo estatal tem um carácter cíclico, mas não é uma boa notícia.
Espera-se de um Estado moderno a garantia da segurança (nas suas várias dimensões), da justiça e da educação. As últimas décadas, sobretudo a partir dos anos 80, caracterizaram-se por uma desregulamentação e liberalização, com o Estado a centrar-se nas áreas em que não podia, efectivamente, ser substituído. Como consequência, viveu-se até ao início deste século um período de progresso económico e social sem precedentes, em que cada indivíduo passou a ter mais oportunidades para concretizar e desenvolver o seu potencial.
Uma série de eventos, como o 11 de Setembro e a actual crise económica, têm levado os cidadãos a admitir e até a exigir maior intervenção do Estado. Os políticos, que sabem que "Poder gera Poder", aproveitam para ganhar terreno. Definem cada vez mais regras e limites e até decidem caminhos de evolução tecnológica, algo que deveria pertencer à sociedade civil. A recente opção a nível mundial de apoio aos automóveis híbridos, sem grandes discussões sobre qual a melhor solução, é um exemplo dessa influência.
A História dos últimos 250 anos diz-nos que quando o Estado desempenha funções em excesso na economia e sociedade, o progresso ressente-se. A igualdade de oportunidades para empresas e indivíduos é comprometida quando há decisões meramente políticas e não se avalia a eficiência e o mérito. Por outro lado, Estados mais fortes tendem para o proteccionismo, sentimentos nacionalistas e maior probabilidade de conflitos. Ou seja, é governo a mais.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros