Este Setembro chegou maduro; no ar pesado paira o travo intenso do combate político. O poder é fascinante! E um grande mercado. As eleições um profundo oceano vermelho, cada vez mais competitivo e feroz. Com um produto mau, vendedores desacreditados e cada vez menos consumidores, as receitas ressentem-se. Não será só pela crise. Pelo menos não da mais palpável, da financeira e global; talvez da mais oculta e dolorosa, a interna – aquela que se revela na deterioração de valores, na ausência de rumo agregador, na falta de solução inspiradora para a nação. Enfim, no "medo de existir".
No meio de tanta neblina, será possível afastarmo-nos das “nano-mini-micro” disputas que têm saturado os dias e, ousando diferente, concentrarmo-nos em inovação de valor? Isto é, numa clara mas robusta proposta de desenvolvimento para o país, com tanto de ousado quanto de inspirador?
Oferecendo ao debate novos e úteis elementos, os argumentos estéreis destinados a produzir “sound bites” seriam substituídos por ideias e opções de desenvolvimento e respectivos planos de acção devidamente detalhados (no tempo e nos custos).
Enquanto a grande maioria dos políticos apenas sabe “colar cartazes” outros (poucos) conseguem mover multidões. Estes despertam, inspiram e insuflam a sociedade de ar fresco, marcando novos rumos. Isso sim. Seria juntar utilidade e benefícios aos clientes – afinal todos nós –, construindo um novo oceano azul na política.
Publicada no Jornal "Metro" em 23-Set-2009
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