Foto: Luís Ferreira
Como bom rebanho somos eternos crentes, esperando pacientemente a salvação. Temos dificuldade em aceitar responsabilidades e, muito mais grave, em tomar mão do nosso destino. Os “outros” são a tábua da solução: paradoxalmente, ainda que a culpa seja sempre deles, serão eles que nos virão salvar.
Assim, a intervenção da famosa troika deixa um sabor agridoce: não foi o inferno anunciado, nem a redenção desejada. Com afinco e diligência cumpriu a sua missão: um plano de saneamento das contas públicas portuguesas. Não fora a atracção pelas minudências, poderíamos aproveitar este mote para regenerar Portugal.
Publicado no Jornal Metro em 11-Mai-2011
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