quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um fado agridoce

Foto: Luís Ferreira

Como bom rebanho somos eternos crentes, esperando pacientemente a salvação. Temos dificuldade em aceitar responsabilidades e, muito mais grave, em tomar mão do nosso destino. Os “outros” são a tábua da solução: paradoxalmente, ainda que a culpa seja sempre deles, serão eles que nos virão salvar.

Assim, a intervenção da famosa troika deixa um sabor agridoce: não foi o inferno anunciado, nem a redenção desejada. Com afinco e diligência cumpriu a sua missão: um plano de saneamento das contas públicas portuguesas. Não fora a atracção pelas minudências, poderíamos aproveitar este mote para regenerar Portugal.

Publicado no Jornal Metro em 11-Mai-2011

Sem comentários: