É o aumento da população mundial e o crescimento dos mercados emergentes que mais tem contribuido para a subida do preço das matérias primas ou, pelo contrário, é o refugio na bolsa dos commodities agro-alimentares por parte dos grandes especuladores internacionais?
Independentemente das opiniões que existam, esta tendência está a gerar um problema de subsistência da industria agro-alimentar nacional. Para o resolver, há quem defenda (artigo de opinião IACA) a indexação dos preços das matérias primas aos contratos elaborados entre esta Indústria e a Grande Distribuição, uma vez que o reflexo de aumento no P.V.P. seria diminuto.
É defendido que com esta indexação a sociedade em geral poderia sair a ganhar: A industria agro alimentar, porque não comprometia a sua continuidade por questões meramente financeiras; A população, porque não via o seu emprego posto em causa; A grande distribuição, porque asseguraria a sustentabilidade dos seus fornecedores nacionais e manteria a dimensão e poder de compra do seu mercado.
É certo que com esta política da indexação viriam os adeptos da defesa do controle da inflação e de que os efeitos perniciosos para o mercado deste “imposto injusto” seriam ainda maiores. Será ? E o aumento do desemprego ? Nesta fase não será ainda mais crítico ?