Foto: Luís Ferreira
Distraídos com “fait-divers” de uma enferma classe política que já provou não merecer atenção, esquecemos o essencial. Vencer a guerra pelo talento é determinante para Portugal: promovendo a excelência, o arrojo e a persistência; combatendo, implacavelmente, a mediocridade, a preguiça e o facilitismo.
Em tempos de crise mais do que nunca, o talento é matéria-prima preciosa. Promove a capacidade de adaptação, facilita a assertividade na tomada de decisão em situações de elevada incerteza, e possibilita ágil condução em momentos de complexa mudança. Não resolve o futuro, mas facilita o sucesso.
Consequentemente, não é de estranhar que exista uma guerra pelo talento. Não só empresas ou organizações, mas também cidades, regiões e países, querem ter o melhor talento disponível. Enquanto a procura cresce, Portugal vê sérias dificuldades para atrair e reter talento. Num país sem horizonte de longo prazo, sem consistentes apostas e estímulos, com excesso de politiquice, burocracia e corrupção, cansa labutar, desgasta combater as adversidades e penar por genuínas oportunidades. Não espanta que o sucesso de tantos seja lá fora…
Assim, para além do imoral défice orçamental, do explosivo défice externo, debatemo-nos hoje com um aflitivo défice de talento. O futuro torna-se incerto num País que não valoriza talento. Urge inverter esta situação – mobilizemo-nos!
Publicada no Jornal "METRO" em 11-Nov-09
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