Há umas semanas atrás, o padre de Covas de Barroso foi detido por posse ilegal de 16 armas, entre pistolas, revólveres e caçadeiras, munições, engenhos pirotécnicos e pólvora. O caso dá que pensar, porque o acesso às armas potencia o acontecimento de tragédias, como as que sucederam nos EUA na semana passada.
Momentos de desespero podem surgir do nada. Quando o jogador Pepe fez um penalty perto do fim do jogo, compreendeu que um golo do Getafe colocava o Real Madrid fora do título. Entrou em desespero, pontapeou o adversário várias vezes e quase agredia o árbitro. Na Assembleia da República, Manuel Pinho faz os célebres "corninhos" à bancada do PCP. Esgotado, física e mentalmente, sentiu-se injustiçado e cansou-se de ouvir as provocações em surdina de Bernardino Soares, um deputado que nunca faz parte da solução. Pepe e Pinho sucumbiram à pressão e perderam a cabeça, felizmente sem uma arma à mão. Pediram desculpas, foram "castigados", mas as consequências não foram realmente graves.
Pensemos agora no médico que matou na semana passada 13 colegas na maior base militar dos EUA no Texas. Ou em Jason Rodriguez que na 5ª feira expressou o seu desepero pela situaçao de desemprego da pior maneira, matando uma pessoa e ferindo outras cinco. O que fez a diferença, pela negativa, nos casos americanos não foi a cultura. O desespero é sempre o mesmo, mas o contexto e o acesso à armas é que podem transformar uma explosão emocional numa tragédia.
Imagine-se, se um dia o padre Fernando Guerra entra na missa revoltado... e de caçadeira!
Momentos de desespero podem surgir do nada. Quando o jogador Pepe fez um penalty perto do fim do jogo, compreendeu que um golo do Getafe colocava o Real Madrid fora do título. Entrou em desespero, pontapeou o adversário várias vezes e quase agredia o árbitro. Na Assembleia da República, Manuel Pinho faz os célebres "corninhos" à bancada do PCP. Esgotado, física e mentalmente, sentiu-se injustiçado e cansou-se de ouvir as provocações em surdina de Bernardino Soares, um deputado que nunca faz parte da solução. Pepe e Pinho sucumbiram à pressão e perderam a cabeça, felizmente sem uma arma à mão. Pediram desculpas, foram "castigados", mas as consequências não foram realmente graves.
Pensemos agora no médico que matou na semana passada 13 colegas na maior base militar dos EUA no Texas. Ou em Jason Rodriguez que na 5ª feira expressou o seu desepero pela situaçao de desemprego da pior maneira, matando uma pessoa e ferindo outras cinco. O que fez a diferença, pela negativa, nos casos americanos não foi a cultura. O desespero é sempre o mesmo, mas o contexto e o acesso à armas é que podem transformar uma explosão emocional numa tragédia.
Imagine-se, se um dia o padre Fernando Guerra entra na missa revoltado... e de caçadeira!
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Artigo publicado no jornal Metro em 26 de Outubro de 2009
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