segunda-feira, 25 de maio de 2009

A nossa neve


A modalidade de Golfe lidera a nível mundial em número de praticantes Federados, e o prazer que esta prática induz espalha-se pelo Globo, movimentando enormes receitas ao nível do turismo. Portugal, e a zona do Algarve em particular, reúne condições fantásticas para a prática desta modalidade, a nível do clima, em número de campos e infra-estruturas turísticas de apoio aos jogadores, conseguindo captar praticantes de todo o mundo ao longo de todo o ano. No Centro e Norte do país, onde aliás existem dois dos campos mais antigos da Europa, o Oporto e o Lisbon, a modalidade tem vindo a crescer mais lentamente dado o menor fluxo de turistas, contudo surgem iniciativas e projectos para o desenvolvimento sustentado desta modalidade, pese embora muito dependente de grandes projectos imobiliários, cujos impactos ambientais tem sido desde sempre uma preocupação do Ministério do Ambiente.

A recente publicação de normas ambientais para o planeamento, projecto, construção e exploração dos campos de golfe, vem ajudar a desmistificar a ideia de que o Golfe é inimigo do ambiente. Na realidade, é a prática desportiva que mais interage com o ambiente e que se preocupa cada vez mais com estas questões, com relevância no crescimento do mercado europeu de golfe, estimado em 1 milhão de viagens por ano (motivação primária) e prevendo-se uma duplicação deste valor até 2015.

A nova visão do Golfe que se tem vindo a sentir por parte dos organismos e entidades em matéria de ambiente, tem assim contribuído para que o golfe se afirme cada vez mais como um sector estratégico da economia nacional que, bem dinamizado, poderá representar para um futuro não muito longínquo, o que a neve representa para a receita turística de muitos países europeus.

Pedro Sequeira

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