Nos últimos quatro anos a gestão do risco conheceu um desenvolvimento muito acentuado e tornou-se imprescindível face aos níveis de crescimento do negócio de crédito.
O Novo Acordo de Capital (Basileia II), que entrou definitivamente em vigor no início deste ano, fez com que a banca em geral fosse obrigada a introduzir novos conceitos e práticas no domínio do risco de crédito, na melhoria dos sistemas de rating e na profunda revisão de algumas normas internas, tais como o rigor e transparência na avaliação do risco de crédito das diferentes contrapartes (discriminando claramente os bons dos maus clientes), melhorando as garantias (minimizando as perdas em caso de incumprimento), e uma maior disciplina no pricing (incorporando todos os factores de risco existentes).
Muitas das pequenas e médias empresas não estão conscientes desta nova realidade e o aumento significativo dos seus gastos financeiros podiam ser reduzidos, caso existisse uma visão consciente da gestão do crédito.
Parece-me premente que as empresas, particularmente aquelas que têm “bons negócios” dentro de portas aumentem o rigor e a exigência no consumo dos seus capitais, através de uma gestão financeira qualificada, dando enfoque numa cultura de risk awareness de forma a garantirem uma gestão do seu crédito adequada às novas exigências do mercado financeiro e à actual realidade da escassez do crédito. O mercado global irá agradecer, pois empresas com melhor rating implicarão sempre melhor retorno para quem financia, mas também melhor qualidade e preço para os consumidores finais.
2 comentários:
bom artigo Pedro!
sabes... acho que Basileia II ou morreu ou vai passar para Basileia III...
ou seja, acho que nao vai ser implementado tal como está...
bom comeco
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