segunda-feira, 19 de maio de 2008

Democracia

Na semana passada teve lugar a tomada de posse do novo Presidente da Rússia: Dmitri Medvedev – o protegido do anterior chefe de Estado Vladimir Putin. Não são esperadas grandes alterações nas políticas do novo inquilino no Kremlin. No mesmo período, também teve lugar um outro evento extraordinário: a visita do Presidente chinês Hu Jintao ao Japão – a primeira visita do chefe de Estado chinês a Tóquio nos últimos dez anos. A Rússia e a China são dois países aos quais não se pode escapar nem ficar indiferente, porque apesar de constituírem ditaduras, representam hoje economias poderosas. De acordo com o “The Economist”, a Rússia e a China apresentam, nos últimos dez anos, uma taxa média anual de crescimento real do PIB de 4 e 9%, respectivamente. Muito superior àquela registada na Europa. No que diz respeito ao “Economic Freedom Index”, um indicador que mede o impacto da intervenção estatal sobre a iniciativa económica e empresarial dos cidadãos, partilham índices semelhantes, próximos da leitura que indica uma economia fortemente reprimida pelo Estado. Este texto não pretende estabelecer qualquer relação entre autoritarismo político e crescimento económico. Não há base que a sustente. Apesar de uma ou outra excepção, como a cidade Estado de Singapura, a verdade, é que a existir relação, a única possível seria entre o autoritarismo e a precariedade económica. Contudo, numa altura em que se discute a emergência da Ásia e de algumas nações africanas, a democracia indirecta, como regime eficaz na concorrência internacional entre países, está sob ameaça.

1 comentário:

Pedro Barbosa disse...

esta é uma discussão crucial e muito em voga, mas não acredito que a China e a Rússia estejam por muito tempo nestes exemplos. Vão evoluir é amadurecer para outras realidades.

Já não estou tão certo nos paíss islâmicos. Daí vem uma ameaça séria ao sistema democrático e livre que se vive nos paíeses ocidentais, e - apesar de eu defender lierdade e tolerância na análise multicultural - há uma rescente vaga de aceitação pelos povos do velho continente nestas realidades, talvez por antipatia com a politica demasiado ego-centrada dos Estados Unidos, o contra poder islâmico.