Recentemente, o congresso dos Estados Unidos aprovou o financiamento de novas medidas anti-pirataria nos Estados Unidos, num valor total de 30 milhões de dólares. Se no orçamento de estado dos EUA este é um valor irrisório, no contexto de artistas independentes, é astronómico. Esse montante serviria para financiar várias acções, desde uma tour europeia a cerca de 2000 bandas, a exemplo de uma banda que decidiu iniciar uma angariação de fundos com esse propósito, ou financiar em parte um bom número de filmes de orçamento mais modesto.
Pode não ser papel do governo financiar estas "aventuras", mas é questionável se também o é ajudar entidades cujos métodos não diferem muito de um sistema de protecção do tipo "máfia". Esses métodos aparecerão "justificados" nos media, contando histórias sobre o drama das editoras durante o lançamento dos números de 2009 e tentando justificar as quebras de vendas em meia dúzia de "piratas" e não na recessão ou num modelo de negócio falido.
Vale a pena ainda referir mais um escândalo onde os protagonistas voltam a ser os alegados "representantes" dos artistas: No Canadá, a associação fonográfica local foi processada, num valor que pode chegar aos 4 mil milhões de Euros. O motivo? Uso inapropriado de músicas em compilações, utilizadas num formato de "use primeiro, pague depois". E quando chega o "depois" ?
Luís Silva
Crítico Musical
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