É estonteante como a internet nos invadiu. Primeiro, entrou devagarinho em casa; depois, acelerando para conteúdos e interesses alargados, com uma massificação sem precedentes, ocupou os espaços públicos até chegarmos ao sempre presente estado “on line”.
Num mundo dinâmico, novas realidades despontam. Inquéritos recentes mostram que os acessos sem fios à internet já ultrapassam as ligações convencionais, ao mesmo tempo que contam duas em três pessoas com telemóvel que acedem a dados nos seus equipamentos (contra uma em quatro, há 3 anos). Na mesma linha, engorda a fatia de “smart phones” nas compras de telemóveis; nas novas opções, cada vez mais impera a internet móvel, com acesso integrado no portátil, em detrimento das ligações com fios.
Parece consolidar-se a ideia que desponta uma nova era – a da internet nómada. Neste contexto, de direcção e velocidade de transformação indeterminada, que novos trilhos se vislumbram? Será que os conteúdos, as interacções e a estrutura da internet que conhecemos migram, pura e simplesmente, para este mundo global sem fios? Será que os principais actores (redes móveis, sistemas operativos e equipamentos) têm capacidade para aproveitar todo o potencial de negócio que o novo conceito descobre, em muitos casos disruptivo face às suas actuais cadeias de valor? Quais os híbridos e inexplorados territórios de que faremos o nosso futuro?
Publicado no Jornal "METRO" em 7-Out-09.
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