Apesar de várias abordagens e perspectivas diferentes na solução para a crise, um factor é defendido por todos – Aumentar as Exportações.
O sector da construção no alto do seu esplendor de grande pilar da economia nacional, não fica de fora e volta a demonstrar a sua natureza.
As grandes empresas de construção portuguesas já concretizam bem o conceito estabelecido por Gary Hamel. A optimização da eficiência operacional dá lugar à procura de uma eficiência estratégica. Hoje aposta-se em mercados com margens mais promissoras, preterindo o mercado nacional que afinal até não está assim tão mal, como provam os últimos dados disponíveis (excluindo a fatia da habitação).
O problema é que se atalhou a parte da eficiência operacional, demonstrando a habitual falta de paciência, dedicação, trabalho e recusando um retorno certamente mais lento.
Neste sector não estamos a exportar serviços eficientes e de qualidade, limitamo-nos a deslocalizar os recursos. É meramente uma luta pela sobrevivência e uma subversão de um modelo de desenvolvimento empresarial. A melhoria continua é abandonada, opera-se do mesmo modo mas num mercado diferente tentando aproveitar circunstâncias distintas e específicas. Em Angola e no Magrebe concorre-se essencialmente com os chineses, revelando bem a que “Liga” se pertence.
Está na hora destas empresas olharem para dentro, exorcizar práticas obsoletas e adoptar modelos operacionais orientados para a monitorização e melhoria.
Quando o crescimento destes mercados desacelerar, vão sobrar novamente empresas em dificuldades e mais distantes da sua origem.
Publicado no MeiaHora em 21-05-2009
1 comentário:
Como dizia a um empresário do sector e de uma dessas grandes empresas: são bons(?) a desbravar, a abrir o sertão, a combater sem grandes regras. Depois, quando as coisas acalmam e entra a necessidade de gestão... tilt!
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