terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

PuraMente #5 - "How to Talk So People Listen"

Nome: How to Talk so People Listen
Autor: Sonya Hamlin
Data: Dezembro de 2005 - Collins Business
Frase: "How to talk so people listen" (o próprio título)
Keywords: Mensagem visual; Generation gap; What's in It for me?; O medo do palco;
Apreciação: ***
A mudança condiciona a comunicação. Os ambientes electrónicos ganham espaço e têm alterado a nossa capacidade de falar e, tão ou mais importante, de ouvir. Torna-se necessário melhorar a abordagem verbal e visual para quase todas as situações, desde fazer uma apresentação, impressionar um cliente, causar impacto numa reunião ou numa conversa informal. Porque os outros não sabem o que somos, o que temos para dizer, ou simplesmente não estão à partida alinhados com a nossa mente... “comunicar é preciso!”.
Este livro de Sonya Hamlin pretende ser um guia prático para ajudar o leitor a ser um comunicador mais eficiente. Tenta-se fazer algum enquadramento dos processos e contextos comunicacionais, passando-se por uma série de dicas práticas, sempre num discurso que desdramatiza o processo de comunicação. Valoriza-se o papel do trabalho de preparação das apresentações em detrimento do “talento natural” como factor crítico de sucesso.
O livro divide-se em dez capítulos e está bem estruturado, sendo mais do que um "self-help book". O índice é desagregado e permite consultar rapidamente um tópico ou assunto em concreto. O 2º capítulo é importante e uma das razões porque o livro merece destaque. Nele descrevem-se as "4 gerações" - Seniors, Baby Boomers, X e Y. Há que estar atento e consciente às diferenças entre cada grupo para definir as estratégias de comunicação mais eficazes.
O título é feliz porque transporta para a ideia de que a comunicação é um processo multilateral em que se torna necessário colocar o receptor no centro – do "outro lado" existe sempre a pergunta: "o que tenho eu a ganhar em ouvir-te?". Outra mensagem a reter é a necessidade de tornar a comunicação mais visual para alavancar as possibilidades de recordação futura. Há ainda capítulos inteiros sobre métodos de preparação e concretização de apresentações e como vencer o "medo de palco".
Aconselha-se usar um pouco de "filtro" já que o livro é pensado na realidade norte-americana.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros

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