terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Crise para que te quero

No contexto da grave crise global que a todos afecta, quantas empresas estão preparadas para acompanhar as mudanças que o mundo apresenta?

Numa sociedade cada vez mais móvel e diversa, surgem novos grupos de consumidores sempre mais exigentes. O mercado de trabalho é cada vez mais global e o balanço entre o talento e os baixos custos cresce em dificuldade. Os desenvolvimentos tecnológicos são cada vez mais revolucionários. Uma consciência ambiental obriga-nos a tomar decisões reflectidas.

No entanto, por vezes é necessária uma situação de crise para nos fazer reagir. Nos anos 90 foi necessária uma crise na IBM, que à data caminhava a passos largos para a extinção, para que Louis Gerstner redefinisse a estratégia do gigante trazendo-o de volta para a ribalta. Acredito que aqueles que forem capazes de olhar o presente de uma forma diferente, para a partir daí construir um novo futuro, poderão vislumbrar na crise uma oportunidade.

As empresas que forem capazes de inovar e de se reinventar constantemente terão a capacidade de ultrapassar as fronteiras existentes nas indústrias onde operam; estarão aptas a redefinir as expectativas dos produtos que entregam e serão capazes de desenvolver novos modelos de negócio. Deste modo, o contexto actual oferecerá oportunidades únicas. Contudo, essas empresas terão obrigatoriamente que ter líderes capazes de criar valor, de gerir o risco e de ter uma perspectiva de longo prazo.

As empresas poderão também nada fazer e caminhar a passos largos para o que o futuro lhes reserva, mas temo que assim nada de bom o futuro terá para nos oferecer.

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