Em face da crise em que estamos mergulhados, as empresas tendem a reduzir a sua estrutura de custos e a mostrarem muita cautela nos seus investimentos. Não é, de facto, um cenário muito animador para um gestor, quando tem que planear o futuro e estabelecer a estratégia da sua empresa para os próximos tempos. Que caminho seguir? Em tempos de vacas magras, devem as empresas investir no crescimento do seu mercado? Será uma boa estratégia a aposta no crescimento do negócio em 2009?
Creio que a resposta a este clima de incerteza está no empreendorismo. Este factor de transformação e inovação, associado aos indivíduos que conseguem transformar sonhos em resultados, é essencial nestes dias de incerteza sobre o futuro. Sem dúvida que o empreendorismo contribui para a criação de novos negócios e para a dinamização da economia, que tão necessária é na actual conjuntura económica.
As actividades do empreendedor estão relacionadas com criação de riquezas, através da transformação do conhecimento ou através da criação do próprio conhecimento ou na inovação em áreas importantes do negócio. Não é, todavia, uma questão de acumular conhecimento, mas a introdução de valores e atitudes para se lidar com o risco, a capacidade de inovar, perseverar e conviver com incertezas.
A criatividade empreendedora envolve novidade, surpresa, originalidade, talento pessoal e visão de vida. Quem desenvolve e cultiva a criatividade empreendedora está à procura do sucesso. Os problemas estão diante de nossos olhos, mas as soluções também. Este deve ser mote dos empresários em 2009 para, em conjunto, conseguirmos ultrapassar a crise.
António Godinho
Artigo publicado no jornal Meia Hora de 9 de Dezembro de 2008
2 comentários:
António,
Considero que o empreendedorismo, sempre que com o adequado nivel de risco e grau de visão, é crucial para o progresso. Em crise e fora delas.
Já tenho algumas dúvidas que como suporte a saida de crise seja um argumento importante, tendo em conta a retracção dos mercados e a dificuldade de financiamento...
manda a teoria q é o ponto de viragem inferior da economia (qdo as coisas começam a melhorar, ou param de piorar) dá-se qdo os investidores aproveitam o espaço que passou a haver no mercado em virtude de falencias, as condiçoes de taxas de juro, q sao mais baixas e as melhores condiçoes no mercado de trabalho em q trabalhadores mais eficientes estao livres ou passiveis de serem contratados em boas condiçoes do ponto de vista da empresa
Nesse sentido a opiniao está 100% correcta.
Porém ainda nao me parece que tenhamos chegado a esses pontos:
. ainda falta falir muita gente
. as txs de juros estao a baixar, vai baixar mais (as nominais e as reais) e é preciso q os bancos possam conceder financiamento
. o desemprego so agora começa a aumentar...
portanto está um pouco cedo para muitos empreendedorismo, a meu ver
mas sim é quem arrisca e tem um projecto que faz virar a economia
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