Prometeu José Sócrates 150.000 postos de trabalho no seu programa, e fazem-se agora contas no que falta captar até fim do mandato, sejam postos reais ou recolocações em call centers daquilo que os políticos centralistas se aprezam de chamar província. Há contudo uma forma rápida e eficaz de atingir a marca desejada, valiosa enquanto argumento de promessa cumprida em sede das próximas eleições, que poderão ser menos fáceis do que o inicialmente projectado pela equipa do Largo do Rato. Trata-se contudo de uma medida que exige coragem. Faltará saber se o executivo ainda a tem , depois de mais um adiamento...
Liberalizar finalmente os horários do comércio – nomeadamente em períodos nocturnos e ao Domingo – é uma medida que se traduz na criação imediata de muitos milhares de postos de trabalho, com benefícios evidentes quer no curto quer no longo prazo para a economia nacional – a macro e a micro. Advoga-se que estes postos de trabalho acabarão por se traduzir em anulação de outros existentes. Esse efeito colateral potencial, poderá representar 10 a 15% dos novos, e apenas no longo prazo, pelo que a medida é no seu conjunto muito proveitosa.
Esta evidente oportunidade de criação de emprego pelo Governo de forma transparente e eficaz não e contudo o principal argumento da liberalização, mas antes a criação de melhor serviço para os consumidores e o potenciar de uma economia assente em efectiva competitividade, o verdadeiro motor da evolução.
Espero que o “Menino de Ouro” dedique a esta ideia mais do que três minutos, porque vale mais do que isso. Bem mais.
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