quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Antes sê-lo que parecê-lo!

Ao ler um artigo de uma consultora internacional sobre o impacto que as alterações climáticas têm na avaliação financeira das empresas, deparei-me mais uma vez com a crescente “tangibilização” económica das obrigações ambientais das organizações.
Esta é hoje em dia só uma das vertentes relevantes para uma adequada gestão das organizações, onde se destacam também o efectivo retorno para os accionistas e para a sociedade.
É o equilíbrio entre estes três vectores (económico, ambiental e social) que a sociedade espera que as organizações atinjam, tornando-se assim um veículo para se atingir o tão almejado desenvolvimento sustentável. E numa sociedade cada vez mais globalizada, informada, exigente e consciente das suas aspirações e desejos, espera-se que o progresso e desempenho para se atingir este objectivo sejam periodicamente reportados.
Surgem assim, como peças preferenciais de comunicação, os relatórios de sustentabilidade ou de responsabilidade social, suportados em princípios basilares como a ética, transparência, informação fidedigna e alinhamento entre comunicação e actuação no quotidiano. Ora todos estes princípios adquiriram um “novo significado” devido à crise financeira que temos observado nas últimas semanas, e às consequências que daí advieram.
Recuperar a confiança perdida é um desafio para todas as organizações, em especial para aquelas que têm realizado o seu caminho rumo ao desenvolvimento sustentável. Não há receitas mágicas, mas a coerência entre os valores defendidos e praticados pode ser um indutor para a recuperação. Cá estaremos para ver e analisar. Artigo publicado no jornal “Meia Hora” a 21/10/2008

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