Sabe-se agora que os Estados Unidos, Europa e Japão planearam uma intervenção conjunta nos mercados cambiais. O objectivo seria de salvar o dólar nos dias de maiores dificuldades da moeda durante o passado mês de Março, quando o Bear Stearns colapsou. A notícia aparece no jornal de negócios do Nikkei (Japão) que garante que o Tesouro americano, o Ministério das Finanças do Japão e o BCE tinham efectivamente um plano de contingência para o fim-de-semana de 15 e 16 de Março. Ainda que não tenha sido colocado em prática, a existência de um entendimento sobre intervenção cambial mostra que no futuro poderá surgir algum tipo de concertação caso os movimentos sejam demasiado violentos. A última intervenção concertada no mercado cambial aconteceu em Setembro de 2000, na altura para auxiliar o euro. A última intervenção por parte do Japão ocorreu em Março de 2004. Curiosamente George W Bush é o primeiro presidente americano desde o colapso do sistema Bretton Woods (1971) que não autorizou qualquer intervenção no mercado cambial.
A economia americana cresceu a 3.3% (anualizados) no 2º trimestre deste ano, bem acima dos 1.9% da 1ª estimativa. O consumo privado e as exportações estiveram na base do crescimento. O consumo privado, que “vale” 2/3 do produto, cresceu 1.7% e as exportações aumentaram 13.2%, ajudadas por um dólar mais fraco. Os números mostram uma franca melhoria da economia. Este crescimento de 3.3% sucede a +0.9% de Janeiro a Março e a -0.2% no último trimestre de 2007. Perante estes indicadores o analista da UBS diz: “Continuamos a ver números difíceis de acreditar. As outras medidas de actividade e output não mostram toda esta força, pelo contrário. Há questões que estes números devem levantar já que não são coerentes com o resto dos indicadores".
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