O contexto de especulação na área das comodities e em especial do petróleo levou a posições extremadas por parte de variados intervenientes da cadeia logística, chegando mesmo a paralizar parte da europa, com custos muito avultados quer em termos de custos de inactividade quer em termos de perda de vendas por rupturas de stock no mercado.
Destes acontecimentos restira-se a importância de factores logístocos na decisão de como colocar um produto no mercado e não evitam comparações por exemplo entre a Europa e os EUA. Se analisarmos cruamente os números podemos observar uma dependência excessiva na Europa dos transportes rodoviários como forma de distribuição enquanto que nos EUA, o caminho de ferro tem um peso significativo (7,8% na Eu e 23,5% nos EUA - Eurostat). Esta situação resulta de uma política descoordenada e de um desenvolvimento histórico individualizado dos paízes que contituem hoje o espaço Europeu. Só recentement Portugal definiu um plano de transportes integrados em que tenta combinar marítimo com rodoviário e caminho de ferro, definindo os principais eixos de desenvolvimento de cadeia logística do País e a sua interligação com o espaço Europeu.
O que eu queria deixar sobre a mesa é que a pressão sobre os custos energéticos, bem como a crescente consciência ambiental leva a pensar em fontes de energia alternativas que poderão ter impacto na readaptação das capacidades produtivas instaladas. Se a este facto associarmos o novo e crescente impacto logístico podemos estar perto de uma mudança de paradigma, passar da indústria especializada num ponto geográfico com posterior distribuição para toda a Europa, para uma produção mais local com Indústrias mais polivalentes e mais leves.
A implicação fundamental é como estas mudança de paradigma poderá alterar significativamente as decisões de investimento no tecido industrial Europeu. Estará Portugal preparado para responder a este possível cenário?
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