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Dizia esta semana um gestor de um fundo de "oportunidades ambientais" (!) que com os preços do petróleo a estes níveis o vento já é competitivo com a geração de energia a partir de combustíveis fósseis, defendendo o investimento em activos relacionados com as energias renováveis em geral, eólica em particular. Mas leia-se um pouco mais fundo: ao que parece é necessário que o mercado da energia esteja caríssimo e "quente" para que o negócio comece a ter viabilidade económica! Ou seja, talvez só com petróleo bem mais alto ($200?) estas empresas possam ser superiormente rentáveis.
No final do século passado a euforia das dotcom fez a fortuna de alguns e a miséria de muitos. Ambas merecidas e justas, reconheça-se, porque em mercado puro vende e compra quem quer, tratando-se de um bom negócio para ambos. Deveria parecer estranho a um investidor atento que numa conjuntura de desaceleração económica, inflação em perigosa alta e crise de crédito haja empresas a dispersar urgentemente capital em bolsa.
Num testemunho na semana passada ao Congresso Americano, Michael Masters demonstrou que o aumento da procura por contratos de futuros de commodities nos EUA nos últimos anos justifica-se pela entrada em cena de um tipo especial de investidores. Para se ter uma ideia, nos últimos cinco anos o aumento da procura de petróleo pelos Index Speculators foi quase o mesmo da economia chinesa no mesmo período. Não havendo constrangimentos de oferta, o preço só sobe devido a um aumento considerável da procura.
Para bom entendedor...
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