Já se tornou redundante postular sobre o imparável crescimento do petróleo e as suas aparentemente nefastas consequências para as populações, nos preços dos transportes e dos produtos, ou discutir os preços de suporte e de resistência, se é que os há.
O contrário de todas as probabilidades aparentes, a subida do preço do petróleo é, no longo prazo, positiva. Enquanto o petróleo custava 30 ou 40 dólares, falava-se de energias alternativas / renováveis como um whisful thing, ou um caminho obrigatório no longo prazo para sustentar os negócios e a vida. Sejamos honestos : o mercado só vai trocar o petróleo por outra energia quando uma de duas coisas acontecer: obrigações e regulações que obriguem a tal ou que o petróleo se torne mais caro do que as suas alternativas. A segunda é a única forma natural e sustentável de tal continuar a acontecer no tempo. A subida dos preços do crude para os níveis presentes e a descida dos custos da energia alternativa parecem indiciar pela primeira vez que o planeta vai poder continuar o seu desenvolvimento com humanos em vez de andróides.
É por tudo isto que também considero positivo o aumento do preço do trigo e das restantes commodities alimentares, porque tal constitui a única forma não artificial de aumentar o desenvolvimento do sector primário (dado que se torna mais rentável do que actividades substitutas), outro factor crucial à sustentabilidade futura da humanidade. Trata-se ainda de uma nova oportunidade quer para África, quer para países onde o petróleo poderá acabar nos próximos anos.
Se as economias forem capazes de criar formas não granuladas pelos regulamentos de continuar o desenvolvimento no curto prazo sem compromisso sério da qualidade de vida das populações, a subida do preço do petróleo e do trigo são factores muito positivos para as futuras gerações, garantias da desejada sustentabilidade.
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