quinta-feira, 15 de maio de 2008

Inflação e PIB - Comentário Flash

PIB:
O Produto Interno Bruto (PIB) real de Portugal subiu 0,9 pct em volume no primeiro trimestre de 2008 face ao período homólogo de 2007, refere uma estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). Naturalmente Portugal não fica imune ao cenário de desaceleração que afecta grande parte das economias com que relaciona, em especial a Espanha. A Alemanha continua a ser a excepção, pelo que as empresas que estejam mais ligadas a esta economia tenderão a beneficiar. Necessitamos analisar a desagregação do número para retirar conclusões mais válidas, mas é muito provável que as previsões de crescimento para 2008 sejam revistas em baixa. Ainda assim a economia portuguesa devera registar uma performance ligeiramente superior à média europeia. Inflação: O Índice de Preços no Consumidor (IPC) subiu 0,3 pct em Abril último, colocando a inflação homóloga nos 2,5 pct e a média anual nos 2,6 pct, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE). Os dados da inflação são coerentes com o cenário europeu (a Inflação na zona euro é de 3,3% actualmente). É natural que os preços continuem pressionados em alta em Portugal no médio prazo, à medida que os agentes económicos vão incorporando as subidas dos preços de combustíveis e de algumas matérias primas. Gostaria de chamar a atenção para um clima de alarmismo em torno da evolução dos preços que tem vindo a ser criado sobretudo pela comunicação social. É precisamente esse tipo de clima social que abre espaço a que alguns agentes económicos com mais poder de mercado subam os preços de forma menos razoável, piorando o cenário. Se se disser muitas vezes que os preços vão subir, isso acaba mesmo por suceder e "sobe-se um patamar" do qual já dificilmente se descerá...

1 comentário:

Pedro Barbosa disse...

A subida do petróleo é a única forma sustentada de gerar energias alternativas. As energias alternativas só são uma necessidade quando o seu custo for inferior ao petóleo, o que por muitos anos não aconteceu.

Como as energias alternativas são não só um suporte ambiental obrigatório, mas uma interessante solução de longo prazo que equilibre a balança da procura e oferta entre um bem escasso, a sua subida acaba por ser boa, apesar dos impactos negativos no curto prazo.

Seria pior se não subissem hoje e com o aumento drástico da procura (mesmo assim já está a ser quase drástico)o mundo não tivesse alternativas de curto prazo, e o crude subisse de forma ainda mais abrupta. E se hoje consideramos que o crude subiu muito depressa - e tal é verdade - é precisamente por ter resistido algum tempo por causa de reservas, regulações, intervenções e politicas. No meio, há sempre alguma especulação, como acontece sempre que existem assimetrias de informação no mercado.

Sobre o tema do post, o alerta da comunicação social (que gera as tais assimetrias) é relevante, mas devemos ter consciência que é complicado comunicar estas informações ao mercado de massas, e escondê-lo é ainda pior...