O BCE cedeu mais 530 mil milhões de euros aos bancos, durante três anos. A resposta europeia à crise está a ser monetária.
Até 2010 a reacção dos decisores foi de expansão fiscal (através dos orçamentos governamentais) e expansão monetária clássica (baixando as taxas de juro), mas a situação mudou. Contas públicas e contribuintes não permitem mais gastos, mais impostos e as taxas de juro já são baixas.
O “ímpeto keynesiano” concretiza-se agora através da injecção de dinheiro. A prioridade tem sido salvar o sistema bancário, mas a partir do segundo semestre, senão antes, o crédito concedido à economia deverá aumentar.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 1 de Março de 2012
2 comentários:
Caro Filipe, assiste-se a mais um roubo descomunal por parte do oligopólio bancário:
1 – O BCE cria esses biliões de euros a partir do nada, que depois cede a um juro ínfimo aos bancos, que por seu lado o emprestam aos Estados, às Famílias e às Empresas a juros muito maiores. (Isto, para não abordar agora a criação pelos bancos comerciais de dinheiro a partir do nada sob a forma de depósitos à ordem).
2 – Os Estados, as Empresas e as Famílias têm cada vez menos dinheiro porque os Bancos o estão a retirar dinheiro de circulação, deste modo paralisando a economia e arrastar Estados, Empresas e Famílias para a insolvência, e de cuja riqueza os bancos se apropriam.
Abraço
A política expansionista monetária tem raízes em Milton Friedman.
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