A visita à “Essência do Vinho”, no Porto, confirmou a suspeita: a estratégia da maioria dos produtores não se adequa ao mercado, sobretudo internacional.
Cada produtor apresenta no mínimo oito variedades. A quantidade produzida de cada uma é necessariamente reduzida e os vinhos são muito diferentes entre si, não se gerando um padrão reconhecível. Na maioria, nem sequer são excepcionalmente bons, o que poderia permitir a construção de um mercado premium (uma aposta difícil).
Quantidades baixas e dispersão alta impedem a entrada nos distribuidores internacionais ou a afirmação de uma marca mass. Por outro lado, as edições são limitadas, mas não são preciosidades. São apenas limitadas, tal como a estratégia.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 24 de Fevereiro de 2012
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