Os Bancos tem um único objectivo até final do ano, e anos seguintes, até 2013: Diminuir a carteira de crédito e aumentar os recursos de balanço, ou seja, controlar o GAP de liquidez.
Esta estratégia está em linha com a desalavancagem prevista no programa da Troika e portanto será uma inevitabilidade.
As empresas e os particulares estão também a fazer a sua desalavancagem, reduzindo e pedindo menos crédito. Quem não o estiver a fazer, já pode ter colocado em causa a viabilidade da sua própria empresa ou a solvência pessoal enquanto particular.
O Governador do Banco de Portugal veio hoje afirmar, que os Bancos deveriam utilizar as ajudas previstas no acordo da Troika para continuar a apoiar a economia real. Isso implicaria uma entrada do Estado no capital da banca e, sinceramente, não me parece que isso vá acontecer de forma generalizada. O que a banca efectivamente pretende é receber o que o Estado lhe deve, ganhando liquidez e financiar a economia.
Parece haver um efectivo desencontro de interesses nesta matéria, e um bom exemplo é o acordo que tarda a acontecer sobre a alteração contratual anunciada nas linhas PME Invest que estão em curso, e que implica uma moratória no reembolso do capital aos bancos por mais um ano.
Partindo a corda, a "coisa" pode melhorar.
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