Os últimos movimentos do mercado são reflexo do aumento da aversão ao risco. Percebe-se uma contínua perda de confiança no sistema financeiro global, incluindo bancos e dívida soberana e há receios quanto a uma desaceleração económica mundial.
A nível europeu só a implementação rápida das decisões da cimeira de 21 de Julho e o assumir de uma caminho de federalismo económico-financeiro poderão diminuir as pressões sobre a zona euro. Parece-me que a intervenção do BCE nos mercados de dívida não será eficaz, aliás como nunca foi.
O G20 poderá tentar ajudar, mostrando solidariedade financeira. Já que não tem sido possível trabalhar para mitigar os desequilíbrios globais, o G20 pode dar a entender que assegurará mutuamente as responsabilidades assumidas pela dívida soberana.
Notar que o problema deixou de estar circunscrito a países europeus "periféricos". Agora já se fala de dois países do G7 (EUA e Itália) e em breve pode começar a falar-se de França. Vive-se uma época histórica.
(comentário à agência Reuters em 7 de Agosto de 2011 - incluído em http://uk.finance.yahoo.com/news/Analysts-View-What-needed-U-S-reuters_molt-1996113417.html?x=0 )
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