quinta-feira, 3 de março de 2011

Aprender com Fleming



No final dos anos 20, Alexander Fleming descobriu a penicilina. Reza a História que decidiu não patentear a descoberta, pois achava que facilitaria a difusão de algo que poderia tratar muitas infecções. Não só se tratou de uma atitude altruísta, como revelou um grande afecto para com a sua descoberta, desejando que fosse utilizada o mais amplamente possível.

Isto a propósito da tendência para proteger demasiadamente as criações e as descobertas. Lamento quem receia partilhar o conhecimento, a produção artística ou técnica de uma forma egoísta e com a avidez de rentabilizar trabalho, momentos de inspiração ou até de sorte. Além de colocarem barreiras ao progresso ou à fruição, denotam enorme insegurança na capacidade de continuarem um passo à frente dos demais.

Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 3 de Março de 2011

1 comentário:

decormur disse...

Será que éra altruista? Na conjunctura actual éra parvo.
Aliás basta ver actualmente o que grupos farmaceuticos ganham com a sua descoberta, não se preocupando minimamente com as possibilidades financeiras de quem está doente. O estado social é um mito...senão os ricos não abriam hospitais particulares para se tratarem....
Como já disse é o EQUIVOCO