No inicio, as lojas pequenas que vendiam as suas especialidades. Depois, o supermercado, uma surpreendente fusão de mercearia, frutaria, talho, padaria e drogaria. Da especialização para a generalidade, juntando-se ambiente moderno e auto-serviço , que permitia uma apetecível estratégia de precings.
O hipermercado juntou novas secções, como têxtil, puericultura, electrodomésticos, cultura e jardim.
A proposta de valor mudou radicalmente, com atributos como horizontalidade e preço a destacarem-se, ao mesmo tempo que o conceito se tornava moda, carimbo de urbanidade.
Depois de perseguidos de forma injusta por alegadamente contribuírem para a decadência daquilo que os leigos inocentemente apelidavam de “comércio tradicional”, os hipermercados – ou retalho generalista – viram aparecer um novo tipo de concorrência, capaz de por em causa a sua hegemonia antes inabalável: o retalho especializado. Estas lojas, especialistas em áreas como a electrónica, bricolage ou desporto, rapidamente puseram em causa o sistema instalado, pela especialização e superior economia de escala. Nasceram os category killers.
Recentemente, algo mudou. O retalho especializado tornou-se mais generalista, com as lojas de electrónica a venderem livros e as de material de escritório a afirmarem-se na informática. Os department stores, no sentido inverso, iniciaram um processo de especialização. Qual será o conceito vencedor? Especialização ou maximização de horizontalidade? A pergunta não tem resposta conhecida, mas encerra um tema da maior importância na definição dos modelos de comércio sustentáveis.
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