Foto: Luís Ferreira
Esqueçamos, por momentos, as agruras da crise. Olhemos para a integração e a interacção como fenómenos que a globalização colocou na ordem do dia; junte-se a crescente complexidade dos mercados e dos negócios; e verifiquemos que a escala é, hoje mais do que nunca, um factor competitivo estratégico: as vagas de desenvolvimento que se vislumbram exigem um alargamento de horizontes que muitas vezes só é conseguido com mudança de dimensão.
Neste contexto, o aumento da dimensão das empresas portuguesas apresenta-se como vital para uma competitividade que demanda: escala global, que permita a actuação em mercado alargado; grande agilidade, de modo a ter resposta rápida às necessidades; elevada produtividade, satisfazendo a baixo custo produtos de elevado valor para o cliente; alto nível de inovação, face a ciclos de vida do produto cada vez mais curtos.
Estas condicionantes impõem elevados investimentos em tecnologia, organização e recursos humanos, apenas possíveis de suportar através de processos de cooperação competitiva (sinergias) ou de ganho de escala através de concentrações (fusões e aquisições).
Voltemos ao momento, à crise. Entendamo-la como época de promoções – com a forte desvalorização dos activos e das empresas, é um bom momento para ir às compras. Quem conseguir organizar-se financeira e estrategicamente encontrará boas oportunidades; quem sabe, aquela propulsora de um salto competitivo que organicamente exigiria vários anos a labutar.
Haja ambição e mercado puro!
Publicada no Jornal "Meia-Hora" em 10-Jul-2009.
1 comentário:
Muitas empresas, construtores de automóveis, bancos, seguradoras, comunicação social, construtoras, produtoras de alimentos, têm seguido essa estratégia pelo mundo inteiro - ganhar dimensão por fusão-aquisição. Os resultados estão à vista.
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