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Incontornável é também que os portugueses, como quase todos os povos civilizados, não gostam de centros comerciais. Não gostam, mas compram. Desprezam, mas usam. O curioso é que muitos deles começaram por dizer que não gostavam “de ir ao centro comercial” por pressão social dos seus círculos, mas acabaram por verdadeiramente não gostar da experiência de comprar nesses espaços, e muito menos elegê-lo como destino de lazer.
No extremo oposto, a baixa do Porto está ao rubro, com noites loucas de milhares de pessoas na rua, parques de estacionamento que transbordam, bares a abrir a cada semana, restaurantes a multiplicarem-se, festas a sucederem-se. A baixa está trendy. Está sexy.
Os centros comerciais não são sexy, mas são outra coisa que hoje ainda vale mais : são convenientes. Boa oferta, estacionamento, segurança, limpeza, ou seja uma proposta que racionalmente aumenta o risco de satisfação, embora também de previsibilidade.
A questão que sobra é: Até quando o conveniente convém mais do que o sexy?
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