quarta-feira, 27 de maio de 2009

Harvard Trends #6 - Brain Outsourcing

A mais importante escola de negócios do mundo tem debatido crescentemente um assunto relacionado com as funções centrais de cada empresa. Ao longo das últimas décadas e depois da fase da verticalização, tornou-se um standard de mercado o outsourcing de um conjunto de funções que permitiu ganhar em competitividade e eficácia.
A questão que hoje se debate é se a tomada de decisões deve ser colocada em outsourcing. O tema, denominado nos Class Forum de “Brain Outsourcing”, levanta sérias dúvidas, nomeadamente porque põe em causa do domínio do core. Os primeiros ensaios, com empresas especializadas em Business Analysis & Decision Taking que operam maioritariamente na India, revelarem resultados muito bons. A questão é polémica, porque existe um quase consenso sobre o principio de domínio das actividades core por parte das empresas.
Os entusiastas deste tipo de subcontratação alegam que a tomada de decisão pode não ser a actividade core da empresa, argumento não aceite pelos resistentes, que refutam com base na importância da decisão em qualquer processo da alta-estratégia. A discussão prossegue…

1 comentário:

Anónimo disse...

Pedro, quando te questionei por email (nao estava com PC), que há consultoras que influenciam há muitos anos o processo de decisão de grandes empresas; e se podiamos enquadrar essa prática antiga neste teu conceito; e ainda em que é que estas empresas que referes se diferenciam de uma mckenzy por exemplo; disseste que estavas a falar de um outsourcing de dcisão e não de aconselhamento.
Mas eu insisto na questão, porque a fronteira entre as duas vertentes - decisão e aconselhamento - é muitas vezes demasiado ténue para se perceber quem realmente está a decidir. O caso do BCP é paradigmatico. Durante um longo período a estrutura accionista pouco decidiu, e a própria administração decidia em função da definição estratégica que era desenhada pela Mckenzie, que funcionava como uma consultota outsourcing.
Ora ir mais longe do que isto, estamos a querer dizer que a estrutura accionista passa uma procuração a um outsourcer para decidir ? Quais são as vantagens em ter uma pessoa singular (ou colectiva) como outsourcer a decidir, ou ter esse mesmo grupo de pessoas como colaboradores da empresa a decidir! É a possibilidade de ter uma visão de fora ? Diz de tua justiça. Abr