O corporate governance é um dos principais agentes de decisão do processo de go-global das empresas. Esta é uma das conclusões de um assunto cujo tratamento constitui uma tendência recente: muitas empresas assumiram que o seu processo de globalização era um movimento obrigatório e o resultado veio a confirmar-se para muitas delas um erro, com graves consequências.
Antes de se avançar com uma decisão de globalização, a gestão de topo deverá conduzir um estudo detalhado e rigoroso das implicações no curto, médio e longo prazo de avançar e de não avançar, de forma a poder comparar as soluções. Concretamente, e para evitar estratégias de globalização erradas, as empresas devem-se fazer três perguntas: Existem benefícios potenciais para a companhia? Estão desenvolvidas as competências de gestão necessárias? Que nível de probabilidade de cobertura de custos por benefícios existe?
Tornar-se global é um objectivo que, por razões de eminente tendência da gestão contemporânea, se encontra no mindset dos gestores da maioria das empresas, um verdadeiro fad que, convém recordar, pode resultar mal e acabar por comprometer o futuro da companhia.
Publicado na Vida Económica dia 06/02/2009
2 comentários:
Vulgo: não faça nada sem medir as consequências.
José Simões
às vezes os melhores conselhos são os mais simples; o problema é lembrarmos-nos deles...
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