“Demorará anos, talvez décadas, até que aconteça na sua plenitude, mas estamos a testemunhar o fim da hegemonia do dólar como a principal moeda de reserva mundial”.
Esta é a opinião de Dennis Gartman, um conhecido analista de mercado cambial, na sua newsletter de ontem, a propósito de afirmações do governador do Banco da China. Os chineses estão muito desconfortáveis com a sua exposição ao dólar e estão a começar a mover influências para que o peso do dólar seja reduzido a favor dos SDR do FMI – “Special Drawing Rights” - Direitos Especiais de Saque.
O anúncio de medidas quantitativas nos Estados Unidos está a provocar uma série de reacções em todo o mundo, que estão a reconhecer que as medidas tomadas tendo em conta as necessidades de um país específico (EUA) podem resultar em riscos para os demais.
Os SDR são um activo de reserva criado pelo FMI em 1969 e são constituídos por um cabaz das principais moedas utilizadas nas transacções comerciais e financeiras. Neste momento os SDR são constituídos por 44% dólar, 34% euro, 11% iene e 11% libra. Ora como se estima que as reservas mundiais são constituídas 65% por dólares, a moeda americana teria muito a perder, principalmente face ao euro. O processo está longe de estar em marcha, mas conhece-se bem o método chinês de actuar – com muita calma, dando o tempo ao tempo. Sem pressas, sem pausas.
Esta é a opinião de Dennis Gartman, um conhecido analista de mercado cambial, na sua newsletter de ontem, a propósito de afirmações do governador do Banco da China. Os chineses estão muito desconfortáveis com a sua exposição ao dólar e estão a começar a mover influências para que o peso do dólar seja reduzido a favor dos SDR do FMI – “Special Drawing Rights” - Direitos Especiais de Saque.
O anúncio de medidas quantitativas nos Estados Unidos está a provocar uma série de reacções em todo o mundo, que estão a reconhecer que as medidas tomadas tendo em conta as necessidades de um país específico (EUA) podem resultar em riscos para os demais.
Os SDR são um activo de reserva criado pelo FMI em 1969 e são constituídos por um cabaz das principais moedas utilizadas nas transacções comerciais e financeiras. Neste momento os SDR são constituídos por 44% dólar, 34% euro, 11% iene e 11% libra. Ora como se estima que as reservas mundiais são constituídas 65% por dólares, a moeda americana teria muito a perder, principalmente face ao euro. O processo está longe de estar em marcha, mas conhece-se bem o método chinês de actuar – com muita calma, dando o tempo ao tempo. Sem pressas, sem pausas.
Filipe Garcia
Economista da IMF
Nota: o título do post é também um título de um livro, gentilmente emprestado pelo Ricardo Arroja e já devolvido :)
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