É preciso uma crise?
Ultimamente já tem sido possível observar que há alguma convergência para a racionalidade. Muitas famílias já fazem contas antes de comprar e de se endividar. As empresas elaboram orçamentos mais rigorosos e tentam perceber como conquistar os clientes e tirar o melhor dos recursos que já dispõem. Mesmo a nível da despesa pública a discussão sobe de tom. Discutem-se os projectos, o seu valor, pertinência e seu custo. Sente-se que "a manta está mais curta".
E é realmente pena que seja necessário passar por dificuldades para se ter uma abordagem racional, pró-activa e transformadora. As crises têm esta função essencial - trazem-nos de volta à realidade e obrigam todos a fazer mais e melhor, mas por uma questão de sobrevivência. São a válvula de escape do crescimento e potenciam o desenvolvimento sustentado. Há que encarar as crises com normalidade, mas com empenho.
É também por isso que se pode confiar que esta crise acabará por ficar para trás.
Mas cada um pode decidir se fica mais forte ou mais fraco.
Filipe Garcia
1 comentário:
À partida se as pessoas compram é pq sentem a necessidade. A Ana Paula Cruz poderá ajudar a explicar, mas há necessidades que partem de ti próprio, outras são induzidas e outras ainda situam-se em pontos mais intermédios.
Concordo contigo no sentido em que há muitas compras impulsivas e, talvez pior, feitas por motivos aspiracionais.
Deixo-te uma provocação: necessitamos de vinho? ou pelo menos de vinho tão elaborado/sofisticado, etc?
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