Olhamos para os jornais e vemos todos os dias a falar de crise. Os Governos reúnem-se com carácter de urgência e tomam medidas excepcionais de injecção de dinheiro na economia. A China vê o seu ritmo abrandar e este fim de semana injecta avultadas somas de dinheiro para estimular a procura interna. Os bancos de uma forma geral contraem os empréstimos e atribuem spreads de risco mais elevados. Verdade seja dita a crise existe, a procura está a contrair, os níveis desemprego estão a aumentar e os planos de redução de horas de trabalho são visíveis em todas as indústrias. Mas será esta situação de tal forma negra que não exista um lado positivo?
As empresas não centram a sua actividade na visão redutora do Hoje, as que o fizerem terão sérios problemas de continuidade, mas devem actuar para Amanhã. Olhando para a crise do lado positivo, esta é a altura de racionalizar, de “matar” os produtos que já deviam ter acabado há muito tempo e focar-se nas suas estrelas. É o tempo de redesenhar processos e de procurar sinergias. É a altura de continuar a apostar nas pessoas e de inovar.
É altura de escolher bem onde investir. É a altura de agarrar as oportunidades e comprar empresas, tecnologia e recursos a preços muito competitivos. Como indica a história as crises são cíclicas e quem se preparou bem no tempo da bonança tem agora um papel fundamental a desempenhar na recuperação, tendo a cada esquina oportunidades para tornar a sua empresa mais forte e mais competitiva. Estarão as nossas empresas e cada um de nós à altura deste desafio?
Publicado no Jornal Meia-Hora a 12 de Novembro 2008
2 comentários:
O grande desafio desta crise e saber a sua profundidade, os efeitos potenciais domino ainda escondidos e de que forma a sua ciclicidade e igual as ja estudadas, tendo em conta a natureza eminantemente financeira da mesma.
E verdade que nunca como antes os governos, os BC e as entidades internacionais relevantes(FMI, BCE, FED e mesmo OPEP) interviram e se preocuparam para estancar os problemas e retomar o progresso com o conceito capitalista.
Em qualquer caso, estou de acordo com o que referes, embora qualquer altura seja boa para matar os caes vadios e sagrar os geradores de cash flow. No entanto, o lado B das crises e que a arte aguça o engenho, e nestas alturas a necessidade do enfoque e da prioritizaçao podem levar a um conjunto de decisoes cuja coragem antes faltou e que para as empresas sao relevantes e lucrativas.
eu acho que é tempo de ler os livros e aplicar
nao é tempo de inventar rodas nem elas sao precisas
ha por aí muito conhecimento disperso... e que nao está a ser colocado em pratica!
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