Muito se tem falado sobre a pertinência dos investimentos em grandes obras públicas. Pela perspectiva do interesse nacional as opiniões dividem-se, mas no seio do sector desta indústria a esperança permanece que o governo mantenha o que programou.
A fortíssima quebra que continua a verificar-se no segmento residencial está a arrastar a Construção para mais um ano, o sétimo consecutivo, de evolução negativa, perspectiva, aliás, confirmada pelo Banco de Portugal no seu relatório de Outono, onde avança uma quebra de 4% no investimento em Construção para 2008.
Por outro lado no 3º trimestre de 2008, as novas encomendas na construção e obras públicas registaram uma variação homóloga de 29,6% (4,8% no 2º trimestre) reflectindo o forte crescimento de 118,2% do segmento de Obras de Engenharia (58,6% no 2º trimestre).
Relativamente às PME’s a situação é especialmente difícil pela circunstância de que os apoios previstos para sustentação da actividade económica, no âmbito do QREN, afastarem, na generalidade dos casos, da respectiva elegibilidade estas empresas.
Está cada vez mais claro que o sector vagueia entre o naufrágio do segmento residencial, a bóia de salvação das grandes obras públicas e o inevitável bote da internacionalização, onde face às marés, uns se afundarão e outros se salvarão.
Sem comentários:
Enviar um comentário