O Orçamento de 2009 tem muito que se lhe diga e curiosamente e não se fizeram aqui avanços para os discutir. Em qualquer caso deixo uma primeira reflexão: 20 mil milhões de euros como garantia para a banca, uma espécie de cheque em branco que o executivo de Sócrates não soube explicar como, onde, em que circunstâncias e compensações será aplicado.
Ao contrário dos congéneres do Centro da Europa, Sócrates e sua equipa não parecem interessados em refundar as regras do capitalismo, nem em criar condições de excepção de controlo da crise que sejam também elas educativas e assentes em regras transparentes.
O que se faz é um pouco o inverso – uma espécie de carteirinha do papá, que servirá para controlar os desvaneios dos filhinhos. Não se sabe de qual, nem porque razão, nem em que valor, nem quando, nada. Como tal, guarda-se umas notinhas e logo se verá.
O pior e que o papá são os contribuintes (que fossem pelo menos todos os portugueses), que não podem aceitar pagar para evitar falências de empresas que normalmente são muito lucrativas, sem qualquer regra ou futura compensação, e – mais grave – sem a criação de guidelines que evitem repetições.
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