Desde a década de 80 que nos acostumamos a ver o mundo a melhorar. Caía o muro de Berlim, terminava a guerra fria e o medo do nuclear. Mais democracias e povos livres. O colapso da URSS trouxe sementes da liberdade e prosperidade a milhões de pessoas, inspirando o desenvolvimento de economias de mercado e de princípios de exigência face aos governos, cada vez mais laicos e liberais. Os anos 90 trouxeram a internet e os princípios de trabalho em rede que fomentaram o contacto entre os povos e, naturalmente, uma maior tolerância e entendimento.
A história é cíclica. A liberdade e a democracia estão a ser ameaçadas pelo regresso do autoritarismo. Os indícios são muitos e à vista de todos: o regresso do músculo russo, a celebração do poder e autoridade em Pequim, a força dos produtores de petróleo. As religiões e o populismo que se misturam, subvertendo as oportunidades que a liberdade de expressão permite. E às vezes o liberalismo também se "põe a jeito". A ganância e a fraca supervisão permitiram ao sistema financeiro aceitar riscos que hoje se pagam.
As ameaças brotam também no dito "mundo-livre". A popularidade da candidata Sarah Palin é assustadora, quanto mais não seja por defender o criacionismo, negando a teoria da evolução de Darwin, cujo ensino pretende proibir. Os fundamentalismos não são exclusivos do oriente, estão em todo o lado.
A democracia está sempre em risco e o 11 de Setembro lembra-nos disso mesmo.
1 comentário:
Explique-nos por que é que o criacionismo é fundamentalismo, mas o evolucionismo já não é!?Pelo contrário é progressismo!
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