Em final de 2010 o BES emitiu obrigações perpétuas (sem data fixa de vencimento), que garantiam um juro anual de 8.5% nos cinco primeiros anos.
Um ano depois o BES aprovou a troca das obrigações por acções do banco, a 1.80 euros por acção, numa altura em que os títulos já cotavam abaixo de 1.30 euros – quem quisesse sair do investimento perderia quase 30%.
E talvez o devesse ter feito porque hoje as acções do BES cotam em torno de 60 cêntimos (mais direitos de subscrição) e os accionistas “à força”, que antes eram obrigacionistas, foram convidados a colocar mais dinheiro para participar num aumento de capital em Maio.
Quem sabe, sabe e o BES sabe. Sabe bem mais do que os seus clientes.
Filipe Garcia Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 26 de Abril de 2012
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