Cada vez mais vozes pedem a saída de Portugal do euro com o argumento que isso permitiria desvalorizar a moeda e, dessa forma, tornar as exportações mais competitivas.
Sustentar a competitividade na desvalorização cambial é um ponto de vista retrógado e de quem está habituado às externalidades para fazer negócio.
Dito de outra forma, pedir uma moeda mais fraca é o mesmo que esperar um subsídio para poder sobreviver no mercado. Faz parte da tendência muito portuguesa, de sustentar a competitividade e a produtividade com base em custos baixos.
Deve apostar-se sim na capacidade de vender por outros atributos que não o preço. A estrutura de custos deve ser eficiente, mas não esmagada. Quem quer desvalorizar não quer, com certeza, ser melhor.
Sustentar a competitividade na desvalorização cambial é um ponto de vista retrógado e de quem está habituado às externalidades para fazer negócio.
Dito de outra forma, pedir uma moeda mais fraca é o mesmo que esperar um subsídio para poder sobreviver no mercado. Faz parte da tendência muito portuguesa, de sustentar a competitividade e a produtividade com base em custos baixos.
Deve apostar-se sim na capacidade de vender por outros atributos que não o preço. A estrutura de custos deve ser eficiente, mas não esmagada. Quem quer desvalorizar não quer, com certeza, ser melhor.
Filipe Garcia
Economista da IMF, Informação de Mercados Financeiros
Publicado no jornal Metro em 20 de Maio de 2011
3 comentários:
Srº Filipe Garcia,
Tem razão, mas não tem. O sistema economico actual e os que de trás o motivaram está caduco, podre. Não serve nem para Portugal nem para ninguem ( a não ser um restrito numero de financeiros). Este sistema é baseado num EQUIVOCO.
E mete-me confusão que ninguém consiga vislumbrar o EQUIVOCO. É o ovo de Colombo.
Pense, pensem "o que é que está mal e distorce tudo?"
É O EQUIVOCO em que vivemos há milénios.
Bom acabaram as linhas, mas gostava de desenvolver este tema consigo.
JOLUPA
vamos a isso...
A saída do euro como solução para os nossos males é uma falácia. Em termos imediatos até podia ter um efeito positivo em matéria de exportações, mas e depois, em termos sociais ? seria uma catástrofe.
Façamos o trabalho de casa, começando já a executar o programa da troika, com determinação, sem contemplações e sem desistir antes sequer de ter começado. Claro que vai haver grandes problemas sociais, mas uma coisa é haver problemas sociais vendo que os líderes está determinados a melhorar o estado de coisas, outra coisa é um grande problema social, vendo que os líderes deitaram a toalha ao chão, provocando a saída do euro.
O euro já é património de Portugal.
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